A CSN anunciou nesta quarta-feira, 4, que desistiu da compra da Intercement depois que a cimenteira fez um pedido de recuperação judicial em São Paulo e após meses de negociações exclusivas com a companhia.

Após o anúncio, as ações da empresa subiam 1,75% às 11h20, enquanto o Ibovespa mostrava estabilidade, com leve alta de 0,13%, a 126.299,36 pontos.

Segundo maior grupo produtor de cimento do Brasil, a CSN afirmou que “não está mais engajada neste processo e seguirá analisando outras oportunidades no segmento de cimentos”.

A desistência do negócio deve ajudar a CSN a cumprir a meta de reduzir alavancagem para 2,5 vezes dívida líquida sobre Ebitda, algo que o diretor financeiro da companhia, Antonio Marco Campos Rabello, afirmou em meados do mês passado que era “desafiador” de ser alcançado.

“Para a CSN, a ruptura do acordo é um revés estratégico, mas pode abrir espaço para renegociações em condições mais favoráveis”, afirmaram analistas da Genial Investimentos.

A CSN negociava com os controladores da Intercement, o grupo Mover, antiga Camargo Corrêa, desde o início do ano uma aquisição dos negócios da companhia, que no Brasil tem 15 fábricas de cimento e 1 unidade de agregado.

Além das operações no Brasil, a Intercement detém uma participação de quase 50% no mercado argentino por meio da Loma Negra. Em maio, fonte próxima do assunto afirmou à Reuters que a CSN ofertou cerca de 6 bilhões de reais pelos ativos da Intercement.