28/06/2013 - 21:00
Medicina
Além de suprir a carência de profissionais em algumas regiões do País, a autorização do governo federal à entrada de médicos estrangeiros pode ajudar Cuba a quitar financiamentos com o BNDES. Desde 2009, o banco estatal já concedeu US$ 476 milhões ao governo cubano, para empréstimos que pagaram exportações brasileiras e para a construção de obras como o porto de Mariel, localizado a 40 quilômetros de Havana, tocadas pela Odebrecht. O governo brasileiro teme que Cuba não tenha recursos para pagar essas dívidas. O país é grande exportador de médicos (na foto, oftalmologista atende na Guatemala). O pagamento aos médicos, que será feito diretamente ao governo cubano, pode ajudar a fechar as contas.
ICMS
Agora é São Paulo
O acordo entre os secretários de Fazenda para a uniformização do ICMS interestadual em duas alíquotas deve recolocar o assunto no Congresso. O obstáculo, agora, será a bancada paulista. O secretário de Planejamento, Julio Semeghini, quer que as empresas de informática de São Paulo paguem os mesmos 7% da Zona Franca de Manaus.
Mantega no Congresso
Armadilha
O ministro Guido Mantega saiu pela tangente ao ser questionado se a prioridade da política econômica era inflação ou crescimento. “Já sou grandinho para não cair nessa armadilha”, afirmou. Dilma, em março, disse que preferia o PIB e confundiu os mercados.
Emprego
Capitais em xeque
Quinze das 27 capitais brasileiras já começaram a sentir no emprego os efeitos da desaceleração econômica. Juntas, fecharam 2,3 mil postos de trabalho em maio. É a primeira queda desde que os dados das capitais começaram a ser divulgados, em 2006. No mesmo período do ano passado, foram abertas 25,2 mil vagas nas capitais.
Saúde
Imposto zero
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defende no governo a desoneração de tributos federais como IPI e PIS/Cofins de equipamentos médico-hospitalares. Ajudaria, assim, a indústria instalada no País, que garantiria aos hospitais públicos a compra de equipamentos pagando até 40% menos.
Transporte público
Clima tenso
Alguns governadores e prefeitos saíram indignados da reunião com a presidenta Dilma Rousseff, na última segunda-feira 3. A presidenta ameaçou anular a desoneração de PIS/Cofins do transporte coletivo, se alguma cidade ou Estado não reduzisse imediatamente as passagens na mesma proporção. Alguns prefeitos argumentaram que nem tinham aumentado as tarifas.
Notas
Os servidores da Controladoria Geral da União aproveitaram o clima de manifestações para reivindicar o preenchimento de 2,5 mil vagas, que permanecem abertas desde a criação do órgão, há dez anos. O efetivo maior ajudaria no combate à corrupção.
Apesar da piora na expectativa dos empresários, a base aliada do governo está esperançosa com os balanços do segundo trimestre, que serão divulgados nas próximas semanas. Os parlamentares acreditam que os resultados já trarão sinais mais positivos, em decorrência das desonerações tributárias.
Colaboraram: Cristiano Zaia e Paulo Justus