Cuba e Argentina assinaram um acordo que ratifica a vontade de ambos os países de colaborar na produção dos imunizantes anticovid-19 desenvolvidos na ilha, durante visita de autoridades argentinas a Havana, noticiou neste sábado (29) o jornal oficial Granma.

O acordo, firmado pela ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e seu homólogo cubano, José Ángel Portal, “inclui a vontade de colaborar com as vacinas desenvolvidas na ilha contra a covid-19, na imunização da população cubana e da Argentina, assim como os países da América Latina e do Caribe”, disse o jornal do Partido Comunista no poder (PCC).

Vizzotti e Cecilia Nicolini, assessora do presidente Fernández, chegaram a Havana nesta quinta-feira para conhecer o andamento dos cinco projetos de vacinas contra o coronavírus da ilha, bem como os resultados das primeiras fases de ensaios clínicos e estratégias de vacinação realizadas pelas autoridades sanitárias do país.

A visita explora “as possibilidades de colaboração entre Argentina e Cuba, para acelerar os processos, favorecer a escalada da produção e do acesso tanto para os cubanos, como para os argentinos e toda a região”, disse Vizzotti à televisão local.

Segundo a mídia argentina, o presidente Fernández manifestou em meados deste mês sua disposição de colaborar com a ilha no desenvolvimento de vacinas cubanas contra a covid-19.

A ilha tem cinco candidatos a vacinas desenvolvidas por eles mesmos. Dois deles, Soberana 2 e Abdala, aguardam autorização para uso emergencial ou condicional, pelas autoridades sanitárias do país, prevista para junho.

No Twitter, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, saudou a visita de Nicolini e Vizzotti na sexta-feira: “Ter os irmãos em casa é sempre uma boa notícia. As vacinas candidatas de Cuba também foram concebidas pensando neles”.