WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por telefone nesta quarta-feira com o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, e expressou o apoio dos EUA ao reinício das negociações entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição, informou a Casa Branca.

Falando a bordo do Air Force One a caminho da Cúpula das Américas em Los Angeles, Biden reafirmou que os EUA estão dispostos a “calibrar a política de sanções” contra a Venezuela de acordo com o resultado das conversações.

Maduro, que foi excluído da cúpula regional desta semana, ainda não concordou com uma data para a retomada das negociações.

Washington reconhece Guaidó como presidente interino legítimo da Venezuela, rejeitando a reeleição de Maduro em 2018 por considerá-la uma farsa. Mas o líder socialista continua no poder na nação da Opep, apesar de duras sanções norte-americanas.

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O governo Biden se recusou a convidar o governo de Maduro, além da comunista Cuba e da Nicarágua, liderada por um governo de esquerda, para a cúpula regional, citando seus históricos de direitos humanos e falhas democráticas.

A exclusão desses países levou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e vários outros líderes regionais a se afastarem da reunião, prejudicando a agenda de Biden.

Biden e Guaidó conversaram por pouco mais de 15 minutos, afirmam fontes da oposição da Venezuela.

Biden “expressou seu apoio a negociações lideradas por venezuelanos como o melhor caminho para uma restauração pacífica das instituições democráticas e eleições livres e justas”, afirmou a Casa Branca em um comunicado.

Os EUA afirmaram que estariam prontos para afrouxar sanções contra a Venezuela se houver progresso significativo nas conversas, e nas últimas semanas tomou passos modestos para aliviar a política relacionada à Venezuela, em uma tentativa de facilitar o novo diálogo.

Maduro abandonou negociações com a oposição na Cidade do México, em outubro. No entanto, após uma delegação de alto escalão dos Estados Unidos visitar Caracas em março, ele sinalizou que estava disposto a voltar à mesa.

(Reportagem de Matt Spetalnick, em Los Angeles, e Vivian Sequera, em Caracas)

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