12/05/2022 - 15:31
Uma cúpula internacional virtual dedicada à covid-19 resultou em novos compromissos financeiros de mais de 3 bilhões de dólares, anunciou a Casa Branca, que luta, por sua vez, para financiar sua própria política de combate à pandemia.
Deste montante, 2 bilhões de dólares serão destinados a uma resposta “imediata” à emergência sanitária, e US$ 962 milhões a um fundo do Banco Mundial para a prevenção de futuras pandemias, segundo o Executivo americano.
Os Estados Unidos anunciaram que vão aumentar sua participação neste fundo em US$ 200 milhões, elevando seu aporte total a US$ 450 milhões.
Depois que o país superou a marca do milhão de mortos pela covid-19 nesta quinta-feira, a Casa Branca pediu para “não ceder à complacência e manter uma forte vontade política” no combate à pandemia.
Em uma declaração comum, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente americano, Joe Biden, prometeram trabalhar juntos para resolver os problemas logísticos com a administração de vacinas nos países pobres.
A cúpula foi copatrocinada por Estados Unidos, Alemanha (atual presidente do G7), Indonésia (atual presidente do G20), Senegal pela União Africana e Belize pela Caricom (países do Caribe).
Em setembro, por ocasião de um primeiro encontro, Biden tinha pedido investimentos para chegar a 70% de pessoas vacinadas em cada país em um ano. Mas desta vez apresentou-se debilitado, ao falhar na tentativa para que o Congresso lhe desse os recursos de que precisa.
O presidente pediu, então, aos parlamentares que votassem US$ 22,5 bilhões em fundos emergenciais para a covid, incluindo US$ 5 bilhões para uso fora das fronteiras.
Os Estados Unidos já enviaram 500 milhões de doses de vacinas para mais de cem países.
No entanto, as negociações parlamentares resultaram, por enquanto, em um novo pacote de 10 bilhões de dólares, mas sem fundos destinados à imunização mundial.
No Capitólio, a oposição foi particularmente crítica com os recursos destinados a outros países.
Sem financiamento adicional, “os Estados Unidos não vão poder comprar novos tratamentos capazes de salvar vidas. Os Estados Unidos terão menos capacidade para limitar a propagação de novas variantes de todo o mundo. Os Estados Unidos terão menos capacidade de continuar vacinando o mundo (…) de salvar vidas aqui e em outros lugares”, advertiu a Casa Branca.
Em seu comunicado, no qual anunciou a marca do milhão de mortos, Biden disse que era “essencial” que o Congresso continuasse apoiando os esforços para combater a pandemia.