05/08/2025 - 20:21
A construtora Cury fechou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 236,7 milhões, avanço de 37,5% em relação ao mesmo período de 2024. A melhora do resultado veio do maior nível de vendas de imóveis e de receita, com diluição de despesas e aumento na margem de lucro.
A Cury concentra suas atividades no Minha Casa Minha Vida (MCMV) nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. O programa teve ajustes nas condições favoráveis de contratação, o que vem ajudando os negócios.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia atingiu R$ 323,0 milhões no trimestre, salto de 54,6% na comparação anual. A margem Ebitda foi a 24,0%, expansão de 3,1 pontos porcentuais (pp).
A receita líquida da construtora foi a R$ 1,346 bilhão, aumento de 34,9%. A margem bruta atingiu 39,6%, crescimento de 1,3 pp, enquanto a margem líquida chegou a 17,6%, subida de 0,3 pp.
As despesas comerciais somaram R$ 124,7 milhões, crescimento de 27,4%, devido ao maior volume de lançamentos e vendas. Já as despesas gerais e administrativas foram de R$ 64,4 milhões, uma alta de 3,5%.
Ao todo, as despesas operacionais representaram 16,2% da receita, o que representa uma diluição frente aos 18,1% de um ano antes. Essa diluição ajuda a explicar a melhora das margens.
Na contramão, o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 15,6 milhões, cerca do triplo do mesmo período do ano anterior, influenciada pelo ambiente de juros altos no País.
A empresa reportou geração de caixa de R$ 103,3 milhões no segundo trimestre. Com isso, encerrou o período com caixa líquido de R$ 227,8 milhões – resultado de uma dívida bruta de R$ 1,30 bilhão e disponibilidades em caixa de R$ 1,53 bilhão.
Operacional
Conforme já divulgado na sua prévia operacional, a Cury ampliou os lançamentos e as vendas de imóveis no segundo trimestre, o que reflete, principalmente, as condições favoráveis de atuação no Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A Cury lançou nove empreendimentos entre abril e junho, totalizando R$ 1,960 bilhão em valor geral de vendas (VGV), 16,9% mais do que no mesmo período do ano passado. As vendas líquidas foram de R$ 2,0 bilhões, alta de 22,7%.
Com a criação da faixa 4 e a enquadramento de imóveis até R$ 500 mil dentro do programa, 92,8% das vendas da construtora já são feitas dentro do MCMV.
A Cury acrescentou que manteve o ritmo forte de atividades no começo deste semestre. Em agosto, a empresa lançou o
empreendimento Next Guarulhos, com 1,3 mil apartamentos e valor geral de vendas (VGV) de R$ 334 milhões; e o Residencial Cartola, na região de São Cristóvão, Rio de Janeiro, com 512 unidades e VGV de R$ 179 milhões.
“A Cury encerra o segundo trimestre com entusiasmo e confiança, certa de que está preparada para aproveitar as oportunidades que virão”, descreveu a direção em sua apresentação de resultados.