O custo da energia elétrica representa o maior obstáculo à competitividade da indústria paulista, conforme mostra uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que avaliou 133 entraves enfrentados pelas empresas.

Depois do preço da energia, o excesso de normas e regulamentos a serem observados, o custo do frete rodoviário, a complexidade da legislação do ICMS, bem como suas frequentes alterações, e os preços elevados dos insumos de fornecedores do Estado completam o top five das maiores dificuldades da indústria de São Paulo.

A Fiesp recebeu respostas de 413 empresas – de pequeno, médio e grande porte – entre os dias 17 de abril e 12 de maio.

A ideia é que a pesquisa sirva de subsídio às propostas a serem levadas pela entidade ao conselho de promoção à reindustrialização criado pelo governo de São Paulo.

A cada obstáculo, o estudo enumera algumas propostas. No caso do custo da energia elétrica, por exemplo, são citadas na pesquisa cinco ações – entre elas, incentivos à autogeração de energia elétrica, bem como o uso de fontes alternativas, como biometano e gás natural.

Já para o custo do transporte por rodovias, a solução apontada é incentivar alternativas logísticas, como ferrovias, hidrovias e transporte de cabotagem, assim como o questionamento da constitucionalidade da tabela de fretes mínimos rodoviários.