Combustível, óleo e gás | Raízen

Com uma estratégia clara quanto às prioridades de investimentos e foco na execução, a Raízen concluiu o ano-safra de 2022-23 com um recorde em faturamento global. A receita líquida somou R$ 246 bilhões. O Ebitda ajustado (R$ 15,3 bi) também foi o melhor da empresa desde a sua fundação, em 2011. Segundo o CEO, Ricardo Mussa, “isso demonstra uma evolução nítida em todos os níveis dos nossos negócios”.

Para ele, contribui para a solidez da companhia a melhoria dos processos de produção, buscando excelência operacional por meio da otimização no uso dos recursos. “Nosso propósito é prover a energia de que a sociedade precisa hoje e desenvolver novas formas de energia para o futuro, sempre com vistas para uma transição energética gradual e sustentável”, afirmou. A julgar pelos números, os desafios têm sido superados em todos os flancos de atuação.

A começar pela a cana-de-açúcar, matéria-prima da qual são extraídos todos os recursos para a produção de açúcar e energias renováveis que estão na base dos negócios da Raízen. “Com quase 1 milhão de hectares de terra cultivada sob nossa gestão, registramos uma performance superior da cana-de-açúcar de primeiro e segundo cortes comparada à média do Centro-Sul”, disse Mussa. “Também batemos a marca de 30 milhões de litros de etanol de segunda geração (E2G) produzidos na safra 2022-23, volume 64% maior do que no ciclo anterior.”

A partir do aproveitamento da biomassa, a empresa gerou mais de 22 TWh de energia elétrica. E, atenta às necessidades de abastecimento da crescente frota de veículos híbridos e elétricos no País, a rede de eletropostos de recarga rápida Shell Recharge vem atendendo a um número cada vez maior de clientes.

A estrutura societária da Raízen é dividida em partes iguais pela Shell e Cosan (44% cada), com os 12% de ações restantes negociadas livremente na bolsa (free float). Por isso, os 110 anos da marca Shell no Brasil foram celebrados com muitas inaugurações: mais de 340 novos postos abertos apenas no último ano.

Segunda maior distribuidora de combustíveis no Brasil, a empresa alcançou mais de 50 milhões de consumidores ­— uma clientela que se beneficia da plataforma Shell Box, para pagamento de combustíveis dos postos da marca.

Com 15 milhões de consumidores acionáveis, o aplicativo movimentou R$ 7 bilhões no ano passado. “A Raízen tem como um de seus diferenciais uma oferta integrada de produtos e serviços, alavancados pela grande capilaridade do nosso negócio”, disse Mussa.

Além de 8 mil postos de combustíveis no Brasil, na Argentina e no Paraguai, são 70 terminais de distribuição e mais de 60 bases de abastecimento em aeroportos.

No total, 35 bilhões de litros de combustível foram comercializados no último ano, quando a empresa adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell no Brasil, ampliando a oferta de produtos premium e, com isso, alcançando mais clientes.

OXXO

Outro segmento no qual a Raízen acelera é o de Conveniência e Proximidade. Iniciado com as lojas Shell Select, que hoje somam mais 1,3 mil unidades, o negócio se desdobrou no mais novo fenômeno do varejo brasileiro: a rede OXXO, com 350 pontos em atividade e meta de chegar a 1 mil lojas.

Se de terra a Raízen entende, nem o céu é o limite para a empresa. Grande aposta para a descarbonização do setor aéreo, o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) poderá ser produzido a partir do etanol, posicionando a companhia como um ator relevante nessa jornada. “É apenas uma das soluções que estamos estudando, para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono”, disse Mussa. “O Brasil tem demonstrado avanços e expandido seus investimentos em áreas como biotecnologia e energias renováveis, segmentos em que atuamos fortemente”.

Segundo ele, a melhoria no processo envolvendo os canaviais tem papel fundamental na estratégia de negócios e expansão da Raízen. Cinco plantas de etanol de segunda geração (E2G) estão em construção e a meta é chegar a 20 em operação até 2030, com uma capacidade instalada de 1,6 bilhão de litros de etanol de segunda geração.

Além da expansão na operação de E2G, a empresa também está de olho nos biocombustíveis avançados, participando ativamente no desenvolvimento de soluções para os setores de difícil descarbonização, os chamados “hard-to-abate sectors”, que buscam soluções para aviação e para embarcações marítimas de longo percurso. ”Assinamos uma carta de intenções com uma grande fabricante de aeronaves para estimular o desenvolvimento de produção de SAF e fizemos outra importante parceria no setor de biocombustíveis avançados para desenvolvimento de duas plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol”, disse Mussa. A iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus, com o primeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo.

“A Raízen tem como um de seus diferenciais a oferta integrada de produtos e serviços, alavancados pela grande capilaridade do nosso negócio.
Ricardo Mussa, CEO da Raízen

Em meio à diversificação do portfólio de negócios e crescimento no mercado de renováveis, em maio deste ano a empresa lançou uma nova marca 100% dedicada à energia elétrica, a Raízen Power, que já nasceu como a quinta maior comercializadora de energia do Brasil, com mais de 29 mil clientes conectados. “Até 2030, queremos ter 80% do nosso Ebitda vindo de renováveis”, afirmou o CEO da Raízen.

Elos

E essa não é a única meta ambiciosa no âmbito de ESG. Os programas Elos Raízen e Jornada Cultivar, que compõem uma proposta integrada de valor para 2 mil fornecedores de cana-de-açúcar, contemplaram 93% do volume de cana proveniente de terceiros e 82% no Jornada Cultivar.

O Elos também conquistou o reconhecimento Farm Sustainability Assessment (FSA) por meio da plataforma Sustainable Agriculture Initiative Platform (SAI Platform), que valida internacionalmente o compromisso da companhia com um modelo de produção socialmente justo e ambientalmente correto.

“Em relação aos compromissos ligados à diversidade e inclusão, a Raízen definiu ter ao menos 30% de mulheres em cargos de liderança até 2025. Na última safra, atingimos 25% de mulheres na liderança, fruto de nosso esforço contínuo para aumento da diversidade de gênero na companhia”, disse Mussa.