01/07/2020 - 14:04
Desde a primeira notificação oficial da China no final de 2019, a crise sanitária do novo coronavírus se espalhou em seis meses por todo o planeta, atingindo 10 milhões de infecções oficiais.
A seguir, os principais estágios da pandemia de COVID-19:
– Primeira morte –
Em 31 de dezembro de 2019, a China notifica à Organização Mundial da Saúde (OMS) casos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan (11 milhões de habitantes).
Em 7 de janeiro, as primeiras análises chinesas permitem identificar um novo coronavírus.
No dia 11, a China anuncia uma primeira morte. Durante o mês de janeiro, são anunciadas as primeiras infecções fora da China.
– 56 milhões de habitantes confinados –
Em 23 de janeiro, a França confirma os primeiros casos na Europa. Depois de Wuhan, sua província, Hubei (centro), é isolada do mundo no dia 25, com o confinamento de mais de 56 milhões de habitantes.
– Emergência internacional –
Em 28 de janeiro, são confirmados os dois primeiros casos de transmissão direta do vírus fora da China, no Japão e na Alemanha.
Vários países começam a repatriar seus cidadãos da China.
A OMS declara uma emergência internacional de saúde pública.
– Morte do médico que deu o alerta –
Em 7 de fevereiro, um médico de Wuhan de 34 anos, Li Wenliang, punido por dar o alerta quando o vírus apareceu, morre de COVID-19.
Fora de Hubei, várias metrópoles chinesas obrigam seus habitantes a ficar em casa.
– Primeira morte fora da Ásia –
Em 15 de fevereiro, um turista chinês de 80 anos, hospitalizado na França desde o final de janeiro, morre, tornando-se a primeira pessoa a falecer fora da Ásia.
Muitas feiras internacionais, congressos, competições esportivas e comemorações são canceladas. Os voos para a China são suspensos.
Os contágios aumentam notavelmente na Itália, Coreia do Sul e Irã.
– Itália confinada –
Em 6 de março, a epidemia rompe a barreira de 100.000 infecções oficiais no mundo.
Dois dias depois, Roma decreta o isolamento no norte da Itália, que se estendeu logo depois a todo o país.
– Queda do mercado financeiro –
Em 11 de março, a OMS chama a COVID-19 de “pandemia”.
Os mercados financeiros mundiais registram quedas históricas.
Governos e bancos centrais anunciam medidas maciças para apoiar a economia.
– Confinamentos –
Em 13 de março, Donald Trump declara estado de emergência nos Estados Unidos.
Confinamento obrigatório na Espanha no dia 14 e na França no dia 17.
A Alemanha pede que seus cidadãos fiquem em casa e o Reino Unido a evitar qualquer contato social.
– Fronteiras fechadas –
Muitos países fecham suas fronteiras. A União Europeia (UE) decide em 17 de março fechar suas fronteiras externas.
– Itália, seriamente afetada –
Em 19 de março, a Itália se tornou o país com mais mortes registradas.
Os anúncios de confinamentos nacionais ou locais se multiplicam.
– “Ameaça” à humanidade –
Em 24 de março, as Olimpíadas de Tóquio são adiadas.
No dia 25, a ONU adverte que a propagação da pandemia “ameaça toda a humanidade”.
O Senado dos EUA aprova um plano de US$ 2 trilhões para apoiar a economia.
– Metade da humanidade confinada –
Em 2 de abril, a marca simbólica de um milhão de casos registrados oficialmente em todo o mundo é superada.
Metade da humanidade – mais de 3,9 bilhões de pessoas – está confinada.
A Europa é o continente mais afetado, mas a epidemia explode nos Estados Unidos.
No dia 8, os controles são levantados em torno da cidade de Wuhan.
– Recuperação na Europa –
A barreira de 100.000 mortes oficiais é ultrapassada em 10 de abril.
O papa Francisco pede “esperança” em uma Basílica de São Pedro vazia no domingo de Páscoa.
No dia 17, Trump anuncia que havia chegado a hora de “reabrir” seu país, apesar do fato de a epidemia não estar enfraquecendo.
No dia 26, as 200.000 mortes são superadas.
Os países europeus mais atingidos começam a se recuperar e o levantamento do confinamento inicia gradualmente.
– Economia de joelhos –
Em 29 de abril, a fabricante americana Boeing suprime 16.000 empregos. Outros grupos, como transportadoras ou montadoras, seguem o exemplo.
Em 8 de maio, as estatísticas confirmam as piores previsões: a pandemia destruiu 20 milhões de empregos nos Estados Unidos, deixando o desemprego nos níveis da década de 1930.
No dia 11, França e Espanha saem do confinamento, seguidas pela Itália e Grécia.
– América Latina, “novo epicentro” –
Em 16 de maio, a companhia aérea LATAM anunciou o desligamento de 1.400 funcionários no Chile, Colômbia, Equador e Peru, um mês antes de anunciar o encerramento das operações de sua filial argentina.
No dia 22, a OMS declara que a América Latina se tornou um “novo epicentro”.
Em 7 de junho, a pandemia excede 400.000 mortes e progride de maneira preocupante na América Latina.
O Brasil, o segundo país mais atingido depois dos Estados Unidos, registra mais de 50.000 mortes em 22 de junho.
Um novo foco obriga Pequim a fechar vários de seus bairros.
– Dez milhões de casos –
No final de junho, o mundo registra mais de dez milhões de infecções e meio milhão de mortes.