15/10/2003 - 7:00
É como um aprendiz de feiticeiro que decidisse se voltar contra o mestre. Por mais de duas décadas, o sírio Fawaz Gruosi trabalhou na renomada casa Bulgari. Transformou a marca em sinônimo de jóias. Em 1997, porém, mudou de lado. Criou uma grife própria e inovou no mundo da alta joalheria. Batizada com o nome ?de Grisogono?, a grife de Gruosi é hoje a que mais cresce quando o assunto é glamour. O motivo: trouxe ao mundo um novo tipo de peças que mesclam os raros diamantes negros com pedras preciosas brancas. Trata-se de um contraste que seduziu a crítica internacional e clientes do porte da baronesa Nadini de Rothschild, a atriz Salma Hayek e um belo naco da aristocracia européia. As invenções da Grisogono começam a ser vendidas no Brasil no fim de outubro, pela joalheria Collection. ?É o primeiro país da América do Sul a vender peças da grife?, diz com exclusividade à DINHEIRO Francisco Campelo, diretor da Collection.
A idéia é sentir como o mercado brasileiro se comporta com a chegada da nova marca. ?Em dois anos poderemos montar uma loja com a bandeira de Grisogono?, diz Campelo. Produtos para encantar um seleto público consumidor não faltam. Há desde o anel de ouro que custa 2,5 mil euros, o mais barato da joalheria, ao brinco turbillon, uma jóia produzida em ouro, diamantes e um coral encontrado apenas na costa de Nápoles, na Itália. Preço: 40 mil euros. Aos mais excêntricos há outras opções. Elas unem pedras preciosas com novidades tecnológicas. Um aparelho celular com centenas de diamantes negros cravejados custa cerca de 140 mil euros. Mesmo diante do preço exorbitante, a de Grisogono já vendeu quatro exemplares desse telefone incomum. Até a famosa boneca Barbie ganhou um colar em diamantes negros e brancos. Chegou a vez dos brasileiros se renderem ao status de um rótulo de apenas cinco anos que parece existir há séculos.