10/10/2022 - 22:26
Os candidatos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), se comprometeram a manter a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). No entanto, enquanto Tarcísio aproveitou o tema para elogiar o governo Jair Bolsonaro (PL), Haddad usou a discussão para criticar o Executivo.
Para Tarcísio, o debate sobre o ICMS foi uma “briga comprada pelo presidente Bolsonaro”. Diante do agradecimento ao atual chefe do Executivo, ele se comprometeu a manter a redução do ICMS no combustível, além de alongar os prazos de pagamento para o pequeno empreendedor e reduzir o imposto na aquisição de bens de capital. “Isso vai gerar emprego”, pontuou.
Já o petista disse que a redução era “fazer caridade com o chapéu alheio” e afirmou que o presidente “tirou dinheiro dos governadores”. Diante das críticas, Haddad afirmou que, caso eleito, irá manter a alíquota do ICMS e se juntar com os governadores para que o veto de Bolsonaro à compensação aos Estados pelas perdas de arrecadação com o tributo seja derrubado.
Apadrinhado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele afirmou que, junto com Lula na presidência da República, irá lutar contra “lobby dos investidores estrangeiros”. “Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões em lucro às custas do consumidor brasileiro”, disse Haddad em relação aos dividendos pagos pela Petrobras a acionistas da estatal.