30/11/2005 - 8:00
Desde o primeiro contato, passaram-se seis meses e nenhuma reunião ainda havia sido agendada. O cliente potencial, um grande distribuidor de materiais de construção da Bélgica, não chegava a ser mal educado, mas fazia ar de tédio toda vez que aquele representante da fabricante brasileira de louças e metais sanitários batia a sua porta. Até que um diretor da empresa belga viu o produto ao vivo no estande montado pela Deca em uma feira de artigos para casa. ?Como é que os meus compradores ainda não fecharam uma encomenda com vocês??, questionou, e agendou o primeiro encontro oficial de negócios. ?Conquistamos mais esse cliente graças ao design do nosso produto?, explica o diretor de exportações da Deca, Flávio Soares. Desde 1992, a empresa ganhou 60 prêmios nacionais de design. Agora, pretende conquistar seu espaço no mercado externo. ?A Deca quer se internacionalizar. Para isso, estamos dispostos a fazer até aquisições no exterior.?
Os primeiros passos já foram dados. Com marca consolidada na América Latina a empresa começa a distribuir suas louças e metais sanitários nos principais mercados mundiais. Para atender tanta demanda, acaba de abrir a unidade Deca EUA e nomear um vice-presidente que terá como função principal coordenar 18 vendedores espalhados pelo território americano. O esforço já rendeu frutos: ela fechou um contrato para fabricar utensílios sanitários para um grande distribuidor local. Só para esse cliente, vai exportar US$ 4 milhões em 2006 e US$ 10 milhões ao ano a partir de 2007. A empresa também reforçou sua presença na África do Sul e, na Europa, conquistou Portugal e Inglaterra. A partir de 2006 estréia na Espanha e acaba de fechar um primeiro pedido para a China. ?Só falta entrar na Itália, onde estão os melhores designers. Será uma vitória?, planeja Soares.
