Por Steve Holland

WOODSTOCK, Estados Unidos (Reuters) – O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta terça-feira que tomará em cerca de quatro dias uma decisão sobre a nomeação para o comando do Federal Reserve, uma escolha crítica para o democrata em seu primeiro mandato e que pode influenciar o andamento da sua agenda econômica.

Questionado por um repórter se ele estava “mais perto de uma decisão” sobre a chefia do banco central dos EUA, Biden, após uma pausa, disse: “Sim, como diria meu avô, com a graça de Deus e a boa vontade dos vizinhos, você vai ouvir isso em cerca de quatro dias”.

Um funcionário do governo Biden disse na semana passada que o presidente ainda avaliava se manteria Jerome Powell como chair do banco central por um segundo mandato ou elevaria o diretor do Fed Lael Brainard ao cargo.

Quem quer que ele escolha terá que tomar decisões difíceis e imediatas sobre como lidar com as pressões inflacionárias que atingem o ponto mais alto em uma geração.

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A mais urgente será decidir se os aumentos das taxas de juros, que podem travar a recuperação em curso do mercado de trabalho, serão necessários em breve para controlar as rápidas elevações generalizadas de preços. As autoridades do Fed esperavam manter sua política monetária mais flexível para ajudar a cuidar da retomada econômica.

Mas gargalos de oferta, escassez de mão de obra e um ritmo global desigual de recuperação da pandemia mudaram os planos. A inflação agora está duas vezes acima da meta de 2% do Fed, apesar de o crescimento de 2021 ser o mais rápido desde o início da década de 1980.

O banco central já começou a desacelerar as compras de títulos em grande escala que vêm fazendo há mais de um ano e meio para manter os custos dos empréstimos baixos e os mercados financeiros funcionando sem problemas. Esses mesmos mercados apostam cada vez mais que o próximo passo –os aumentos das taxas– começará em meados do ano que vem, muito antes do que Powell e seus colegas sinalizaram.

(Por Steve Holland e Kanishka Singh)

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