O chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Renato Baldini, avaliou nesta segunda-feira, 30, que o déficit primário R$ 15,312 bilhões em novembro do setor público consolidado ficou bastante próximo do resultado do mesmo mês de 2018, que registrou saldo negativo de R$ 15,602 bilhões. No entanto, no acumulado do ano até novembro, o déficit primário do setor público somou R$ 48,359 bilhões, bem menor que o rombo de R$ 67,125 bilhões do mesmo período de 2018.

“Esse é o menor déficit para os 11 primeiros meses do ano desde 2015, quando o déficit no período foi de R$ 39,5 bilhões”, destacou Baldini.

Enquanto o Governo Central obteve um déficit primário de R$ 72,799 bilhões no ano, os governos regionais registraram superávit de R$ 22,332 bilhões de janeiro a novembro, sendo um saldo positivo de R$ 20,361 bilhões Estados. “Isso significa que os Estados estão fazendo um esforço fiscal, mas não significa necessariamente que a situação (das contas estaduais) é boa. É preciso olhar o tamanho da dívida, que continua crescendo, mesmo em proporção do PIB. É um esforço para a situação parar de piorar”, avaliou.

Baldini citou ainda que a arrecadação de ICMS teve crescimento real de 1,3% de janeiro a outubro na comparação com o mesmo período de 2018. Também houve aumento nominal de 7,9% nas transferências para Estados e municípios de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período do ano passado.