O Brasil teve déficit de US$ 5,162 bilhões na conta corrente em julho, informou o Banco Central (BC). O déficit é o maior para o mês desde 2022, quando ficou em US$ 5,172 bilhões. Em junho, houve déficit de US$ 4,029 bilhões.

O déficit de julho superou a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava rombo de US$ 4,350 bilhões. Todas as estimativas do mercado sugeriam déficit, de US$ 5,80 bilhões a US$ 3,0 bilhões.

A balança comercial teve superávit de US$ 7,070 bilhões, segundo a metodologia do BC. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 4,751 bilhões, enquanto a conta de renda primária ficou negativa em US$ 7,829 bilhões. A conta financeira registrou um resultado negativo de US$ 7,247 bilhões.

O déficit da conta corrente soma US$ 25,552 bilhões em 2024, até julho, e US$ 34,756 bilhões em 12 meses – o equivalente a 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB). No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC esperava déficit de US$ 53 bilhões nas transações correntes este ano, ou 2,3% do PIB.

IDP

A entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) somou US$ 7,258 bilhões em julho, informou o Banco Central. Em julho de 2023, o montante havia sido de US$ 1,950 bilhão. Em junho deste ano, o fluxo de IDP foi positivo em US$ 7,101 bilhões.

O resultado do mês ficou acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava entrada líquida de US$ 6,0 bilhões. As estimativas iam de US$ 4,70 bilhões a US$ 10,20 bilhões.

A entrada de IDP soma US$ 45,065 bilhões em 2024, até julho. No acumulado dos últimos 12 meses, o montante é de US$ 71,786 bilhões, o equivalente a 3,23% do Produto Interno Bruto (PIB).