04/09/2021 - 15:50
Em edição especial, um dos rótulos mais icônicos da Rioja, na Espanha, celebra os 10 anos da parceria entre seu produtor – a vinícola Marqués de Murrieta –, e a importadora World Wine. Mais que isso, o excepcional Reserva 2017, que mereceu 92 pontos de Robert Parker e 95 de James Suckling, presta uma merecida homenagem a Celso La Pastina, que há 22 anos expandiu a empresa que leva o sobrenome de sua família criando a World Wine. Profundo conhecer de vinhos e sem jamais ostentar qualquer traço pedante, Celso La Pastina era um lorde. Em muitas ocasiões, ele mesmo enchia as taças de quem visitava as feiras que reuniam produtores, consumidores e especialistas para degustar os rótulos que ele importava. Falava de cada um com propriedade e paixão. Faleceu jovem, prestes a completar 62 anos, em 2020.
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Para fazer jus à memória desse grande entusiasta do vinho e da boa mesa, nada como uma homenagem vinda de um produtor tão tradicional quanto respeitado. A vinícola Marqués de Murrieta data de 1852, depois que Don Luciano Murrieta levou para a região da Rioja técnicas de cultivo de uvas e vinificação que havia aprendido em Bordeaux, na França (região da qual Celso La Pastina se tornaria o maior importador no Brasil).
Desde 1983, a Marqués de Murrieta Estates & Wines pertence à família Cebrián-Sagarriga, que preverva o cuidado da elaboração de vinhos de alta gama, como é o caso do Reserva 2017 (R$ 434,00). Feito com a uva Tempranillo, é complexo e elegante, com aromas de frutas vermelhas maduras que se mesclam a notas de tabaco e coco.
“Nossos pais iniciaram um grande projeto empresarial e familiar que hoje procuramos dar continuidade com a mesma força e entusiasmo”, afirmou Vicente Dalmau Cebrián-Sagarriga, conde de Creixell, hoje à frente da vinícola. “Transmitiram-nos o valor da família, ensinaram-nos a sorrir diariamente ao esforço e ao sentido do sacrifício. Transmitiram-nos a necessidade de respeitar e ser fiéis ao nosso passado, sem descuidar do nosso futuro, sempre olhando para a frente”.
As palavras poderiam ser de Juliana La Pastina, a filha de Celso que já dividia o comando das empresas com o pai e o sucedeu na pressidência da World Wine.