14/08/2015 - 8:26
A demanda doméstica da Gol cresceu 10,7% no mês de julho em comparação com igual mês do ano passado, levando a taxa de ocupação da empresa para o nível recorde de 84,3%, o que representa uma evolução de 4,4 pontos porcentuais (p.p) quando comparada a julho de 2014.
No acumulado do ano e dos últimos doze meses a demanda doméstica apresentou evolução de 5,7% e 6,2%, resultando em uma taxa de ocupação de 79,3% e 79,2%, superior em 2,4 p.p. e 3,8 p.p., respectivamente, quando comparado ao mesmo período de 2014.
A oferta doméstica apresentou expansão de 4,8% em julho. Em comunicado ao mercado, a empresa explica que o aumento no mês ainda reflete a menor capacidade no mesmo período de 2014, em razão da Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil. No últimos 12 meses, a capacidade expandiu 1,1% sobre o mesmo período de 2014.
No mês, o mercado internacional aumentou a capacidade em 8,3% e a demanda, registrou evolução de 11,9%, registrando uma taxa de ocupação de 76,5%. Segundo a empresa, a evolução nesse indicador comparado ao mês de junho reflete a sazonalidade do período com as férias escolares no Brasil.
Em julho, a Gol atingiu o total de 3,7 milhões de passageiros transportados, um aumento de 6,9% em relação a julho de 2014. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses foram transportados 23,2 milhões e 40,4 milhões de passageiros, 3,1% e 5,3% acima comparados ao mesmo período de 2014.
Projeções
A Gol Linhas Aéreas alterou suas projeções financeiras para 2015. A oferta doméstica (ASK), que anteriormente tinha estimativa de crescimento zero, terá o intervalo de zero até -1% de variação frente ao ano anterior.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que como apresentou aumento de capacidade de 2,1% no primeiro semestre de 2015, a redução para o segundo semestre respeitará o intervalo entre -2% até -4%. A projeção de margem operacional (Ebit) foi mantida em uma faixa de 2% a 5%.
A Gol trabalha com uma estimativa de taxa de câmbio média para o ano de R$ 2,95/dólar a R$ 3,15/dólar, enquanto sua projeção para o preço do combustível – o querosene de aviação (QAV) – é de 2,10 a 2,30.
No documento, a empresa afirma que a revisão da capacidade no mercado doméstico reflete o cenário desafiador pelo qual passa a economia do País, com destaque para a desvalorização do real frente ao dólar, a inflação que registra patamar superior a 9,5% no acumulado dos últimos 12 meses com impacto no poder de compra da população, além da importante queda das viagens a negócios.
A companhia adverte ainda que em função dos impactos de um cenário macroeconômico adverso, as projeções financeiras poderão ser revisadas visando incorporar a evolução de seu desempenho operacional, financeiras e eventuais mudanças nas tendências de taxa de juros, câmbio, PIB e petróleo (WTI e Brent).