O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 19,696 bilhões no ano passado por meio da Finame, sua linha de crédito para o financiamento dos investimentos na compra de bens de capital. O valor representa crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 11% em relação a 2016.

Já o BNDES Giro, linha para capital de giro, recebeu R$ 7,071 bilhões em 2017, um avanço nominal de 164% na comparação anual. “Os números incluem o programa BNDES Giro, lançado em agosto, e seu antecessor, o BNDES Progeren”, diz a nota divulgada nesta terça-feira, 30, pelo banco de fomento.

O BNDES Giro tem sido apontado pela diretoria do banco como um dos principais vetores de crescimento dos desembolsos em 2018. Semana passada, o superintendente da Área de Operações Indiretas (AOI) do BNDES, Marcelo Porteiro, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a instituição projeta liberar R$ 20 bilhões no BNDES Giro entre agosto de 2017, quando o programa foi relançado, e agosto de 2018. Até dezembro, o valor anual poderá chegar a R$ 21,5 bilhões, três vezes mais do que em 2016.

Já o valor liberado na Finame, linha para a compra de bens de capital, poderá superar em 20% o de 2017, atingindo cerca de R$ 24 bilhões.

MPMEs

O BNDES destinou 42% do total de R$ 70,751 bilhões liberados em 2017 para empréstimos a médias, pequenas e microempresas (MPMEs). As empresas desse porte (com faturamento anual de até R$ 300 milhões, conforme a classificação do banco) receberam R$ 29,709 bilhões no ano passado, alta nominal (sem descontar a inflação) de 9% ante 2016. Segundo o BNDES, essa participação das empresas de menor porte é recorde nas estatísticas do banco.

O avanço nos desembolsos para as MPMEs foi concentrado no segmento das médias empresas (faturamento anual de R$ 4,8 milhões a R$ 300 milhões, na classificação do BNDES). Para essa categoria, os desembolsos foram de R$ 13,153 bilhões, alta nominal de 98% ante 2016. As pequenas empresas (faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões) receberam R$ 7,764 bilhões, alta de 10% ante 2016.

Já as microempresas, que faturam até R$ 360 mil ao ano na classificação do BNDES, destoaram das demais. O BNDES liberou R$ 8,792 bilhões para empresas desse porte em 2017, uma queda nominal de 35% em relação a 2016.

Com o avanço da participação das MPMEs no total, as grandes empresas receberam R$ 41,042, uma queda nominal de 33% em relação a 2017.