29/05/2024 - 9:11
O desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 19, pelo IBGE. Trata-se da menor taxa de desocupação para o período desde 2014 (7,2%).
O recuo foi de apenas 0,1 ponto percentual frente ao trimestre de novembro a janeiro de 2024 (7,6%). Já na comparação anual, a queda foi mais significativa. Em igual período de 2023, a taxa de desemprego estava em 8,5%. No trimestre encerrado em março de 2024, estava em 7,9%.
O resultado veio melhor do que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 7,7% no período.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o resultado aponta a “a manutenção da tendência de redução desse indicador, que vem sendo observada desde 2023”.
O número de desempregados ficou em 8,2 milhões, sem variação significativa na comparação trimestral, mas com redução de 9,7% (menos 882 mil desocupados) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.
Já a população ocupada somou 100,8 milhões, sem variação estatisticamente significativa no trimestre, mas com alta de 2,8% (mais 2,8 milhões de pessoas) no ano.
Recorde de trabalhadores com carteira e sem carteira
O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma forma, o contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas).
A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 39,0 milhões de trabalhadores informais) contra 39% no trimestre móvel anterior e 38,9% no mesmo trimestre móvel de 2023.
Massa de rendimentos bate novo recorde
O rendimento médio em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre e com alta de 4,7% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, novo recorde da série histórica, com avanço de 7,9% ante o mesmo período de 2023.
“A massa de rendimento se manteve em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em alguns segmentos, ou pela manutenção do valor do rendimento médio. Com destaque, nesse trimestre específico, para o aumento do rendimento dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada”, destacou a pesquisadora do IBGE.