A taxa de desocupação no Brasil bateu a casa dos 14,6% no trimestre encerrado em setembro e atingiu o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua, do IBGE, desde 2012. Ao todo, 14,1 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho no período de julho a setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto.

Houve um aumento de 10,2% ante o registrado no segundo trimestre deste ano, quando 12,8 milhões de pessoas estavam desempregadas e alta de 12,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2019, quando 12,5 milhões de pessoas estavam em casa.

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Segundo o IBGE, as mulheres foram as mais afetadas pela falta de emprego, com uma taxa de desocupação de 16,8%, enquanto os homens totalizaram 12,8%. Pretos e pardos também puxam a lista de mais afetados, com 19,1% e 16,5%, respectivamente, e brancos com 11,8% de desempregados.

Jovens de 14 a 17 representam a maior parte das pessoas sem emprego (44,2%), seguidos pelos que estão na faixa dos 18 a 24 anos (31,4%).

No recorte regional, Bahia, Sergipe e Alagoas são os estados com as maiores taxas de desocupação do Brasil no trimestre: 20,7%, 20,3% e 20%, respectivamente.

A população ocupada ficou em 82,5 milhões e chegou ao patamar mais baixo da série histórica. Houve queda de 1,1% (880 mil pessoas a menos) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) na comparação com o mesmo trimestre de 2019.