Para um País que no início da década exibia taxas de desemprego inferiores a 5%, o que tecnicamente era considerado praticamente como pleno emprego pelos especialistas, os 7,9% apontados para o mês de novembro não deixam de ser preocupantes. 

Não apenas por que representam um crescimento de 64% sobre os 4,8% registrados no mesmo período de 2014,  mas por significarem a formação de um exército de 1,8 milhão de trabalhadores fora do mercado, no Brasil.

A grande preocupação é que esse movimento continue em 2016, criando sérios desequilíbrios para as famílias e para a economia brasileira, principalmente em função da precariedade dos mecanismos de amparo  aos trabalhadores, como o seguro desemprego.

Preocupante, o problema não é uma espécie de jabuticaba,  que viceja apenas ao Brasil. Na Zona do Euro, por exemplo, o desemprego atinge 11,8% da força de trabalho, e chega a 10,7% nos 27 países da União Europeia (UE).

De acordo com o Eurostat, instituto de pesquisa da UE, há 25,8 milhões de pessoas sem ocupação na região, com a notável contribuição de países como a Grécia, que em junho exibia índices de 25,6% de desemprego, Espanha (22,5%) e Itália ( 12,7%).

Até a boa e velha Suécia  apresentava taxa semelhante à brasileira, com 7,8%.A situação é ainda mais alarmante entre os jovens com  idade para ingressar no mercado de trabalho: Grécia (53%), Espanha (49,2%), Itália (44,2%) e Croácia (43%).

Notáveis exceções, nesse quadro calamitoso, são a Alemanha (4,7%) e a Áustria (com 5,7%).  Entre os Brics, a China (4,1%) e a Rússia (5,9%) estão no mesmo patamar confortável.