28/03/2014 - 21:00
Receita
Os primeiros resultados da arrecadação federal evidenciam um desencontro dentro da equipe econômica. Embora o governo tenha dito que não faria novas desonerações, a conta da renúncia fiscal continua subindo. No primeiro bimestre, o custo para cobrir a desoneração da folha de pagamentos chegou a R$ 3,6 bilhões, alta de 125% sobre igual período do ano passado. No total, incluindo outros incentivos, o governo abriu mão de R$ 17 bilhões, 60% a mais do que no primeiro bimestre de 2013. Apesar disso, o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, pode ficar aliviado. A curva da arrecadação voltou a apontar para cima: alta de 3,4% em fevereiro e 1,9% no acumulado do ano.
Construção
Selo sustentável
O governo estuda a criação de um selo de eficiência energética para a construção civil. A ideia é fazer uma classificação semelhante à encontrada nas geladeiras, com dois objetivos: reduzir o desperdício de material durante a obra e criar edifícios com economia de água e energia elétrica para os condôminos.
MP 627
Lista de exceção
Depois de meses de oposição ferrenha ao Marco Civil da internet, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, acabou se alinhando com a posição do seu partido e votou a favor do projeto, na semana passada. A moeda de troca foi a MP 627, que trata de tributação de empresas brasileiras com subsidiárias no Exterior. Na nova versão do texto, que está sendo relatado por Cunha, empresas dos setores de bebidas, alimentos e construção terão desconto na tributação.
Mercosul
Dificuldade argentina
A CNI está pessimista com as perspectivas para o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. Os representantes da indústria acham que, se o tratado não sair até maio, quando o bloco europeu tem eleições, as negociações terão de recomeçar do zero. A maior dificuldade é fechar uma proposta com a Argentina.
Licitações
Promessa duvidosa
O presidente do Senado, Renan Calheiros, fez aos empresários da indústria uma promessa que terá dificuldade em cumprir. Disse que já estava tudo certo para que a atualização da Lei de Licitações seja aprovada até o meio do ano.
Turismo
Parques prioritários
O novo ministro do Turismo, Vinicius Lages, escolheu os parques naturais como prioridade de sua gestão. No total, o País conta com 69 parques, que receberam seis milhões de visitantes no ano passado. Em 51º lugar entre 140 países no ranking de competitividade do turismo do Fórum Econômico Mundial, o Brasil lidera em apenas um item: o de recursos naturais.
Notas
O governo tenta convencer a base aliada do Senado a engavetar proposta que obriga os governos estaduais e federal a aumentar o número de defensores públicos no País. A oposição será discreta, já que o projeto foi aprovado na Câmara com 392 votos.
A partir de junho, as empresas serão obrigadas a registrar seus contratos de energia na Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), que vai publicar os dados consolidados. O objetivo é ampliar a transparência no mercado livre, com um número maior de informações disponíveis ao comprador.
Colaborou: Carolina Oms