16/08/2025 - 7:00
A renda média mensal dos trabalhadores brasileiros no 2º trimestre de 2025 foi de R$ 3.477, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve alta tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440) como em relação ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367).
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Ao observar as regiões, trabalhadores de certas unidades federativas (UFs) conseguem rendimentos consideravelmente superiores. O maior salário médio brasileiro é pago no Distrito Federal: R$ 5.919. Em seguida, aparece o Rio de Janeiro (R$ 4.205) e então São Paulo (R$ 4.170).
“A explicação neste caso reside do setor público“, afirma o pesquisador do FGV Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho sobre o destaque da capital do país.
“O peso do salário dos servidores públicos é maior no Distrito Federal. E o salário dos funcionários públicos federais é mais elevado do que o dos funcionários estaduais e municipais”, explica Barbosa Fillho.
Já sobre o Rio de Janeiro, o pesquisador do FGV Ibre destaca que o estado concentra serviços mais modernos e setores importantes e que pagam bem, como o petróleo.
Já o valor mais baixo é o do estado do Maranhão ( R$ 2.171). Veja abaixo:
Ranking das UFs por renda mensal do trabalhador
# | Unidades da Federação | 2º Trimestre de 2025 |
1 | Distrito Federal | R$ 5.919 |
2 | Rio de Janeiro | R$ 4.205 |
3 | São Paulo | R$ 4.170 |
4 | Santa Catarina | R$ 4.077 |
5 | Paraná | R$ 3.820 |
6 | Rio Grande do Sul | R$ 3.794 |
7 | Mato Grosso | R$ 3.591 |
8 | Mato Grosso do Sul | R$ 3.575 |
Brasil | R$ 3.477 | |
9 | Espírito Santo | R$ 3.469 |
10 | Goiás | R$ 3.437 |
11 | Roraima | R$ 3.225 |
12 | Minas Gerais | R$ 3.211 |
13 | Rondônia | R$ 3.176 |
14 | Tocantins | R$ 3.141 |
15 | Amapá | R$ 3.070 |
16 | Rio Grande do Norte | R$ 2.882 |
17 | Pernambuco | R$ 2.720 |
18 | Pará | R$ 2.599 |
19 | Sergipe | R$ 2.552 |
20 | Acre | R$ 2.537 |
21 | Alagoas | R$ 2.530 |
22 | Amazonas | R$ 2.448 |
23 | Paraíba | R$ 2.421 |
24 | Piauí | R$ 2.419 |
25 | Ceará | R$ 2.327 |
26 | Bahia | R$ 2.199 |
27 | Maranhão | R$ 2.171 |
Como mostra a tabela acima, os estados nas piores posições de renda mensal são, em geral, das regiões norte e nordeste, assim como ocorre no ranking das UFs por taxa de ocupação. Segundo o pesquisador do FGV Ibre, a desigualdade está relacionada a “nível de atividade e a força da economia local”.
Na comparação trimestral, a região Sudeste (R$ 3.914) foi a única com alta estatisticamente significativa do rendimento (1,8%), enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2024, foi observado crescimento dos rendimentos na região Sudeste (2,8%) e na Sul (5,4%) que alcançou R$ 3.880 com estabilidade estatística nas demais.