Por Natalie Thomas e Alistair Smout

LONDRES (Reuters) – À medida que o chamado “dia da liberdade” da Inglaterra se aproxima, a empolgação com o fim iminente das restrições contra a Covid-19 diminui diante da preocupação com casos em alta e do puro e simples medo dos mais vulneráveis.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, planeja levar a Inglaterra ao Passo 4 –o fim das restrições legais da Covid-19– na segunda-feira.

Isto significa que os últimos negócios ainda fechados, incluindo clubes noturnos, podem finalmente reabrir.

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“Em algum momento, temos que encontrar uma maneira de seguir em frente”, opinou Eugene Wild, cofundador do clube The Cause do norte de Londres, que está fechado desde março de 2020.

Ele é a favor de examinar as pessoas na entrada, mas teme outro confinamento se as coisas saírem mal. “Não acho que conseguiríamos passar por isto de novo e sobreviver financeiramente”, acrescentou ele na casa para 1.200 pessoas.

Na Holanda, os clubes noturnos abriram durante duas semanas e voltaram a ser fechados, e Israel também reativou algumas restrições à medida que os casos aumentaram.

Johnson admite que uma onda de infecções e mais mortes quando as restrições acabarem são inevitáveis, mas disse que seria pior manter a economia desativada e que o sucesso da campanha de vacinação reduz o número de casos graves.

Muitos cientistas ressaltam que a variante Delta, que é mais transmissível e se torna predominante no Reino Unido, muda o cálculo, já que o cronograma foi delineado em fevereiro.

“Não é inevitável que teremos uma onda de saída… só é inevitável se não formos fazer nada a respeito”, disse Christina Pagel, professora de pesquisa operacional do University College de Londres, à Reuters.

“A Delta muda a equação, ela tornou muito mais difícil contar com a vacinação para diminuir os casos por si só.”

O Reino Unido tem o sétimo maior número de mortes do mundo, mas dois terços de seus adultos já receberam duas doses de vacina.

Isto deu a Johnson a confiança para seguir adiante com o relaxamento das restrições após um adiamento de quatro semanas causado pela Delta. Ele argumenta que o verão, quando as escolas fecham e as pressões sobre o sistema de saúde são menores, é o melhor momento para reabrir, embora com cautela.

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