O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, adotou um tom de cautela e afirmou que, diante muita incerteza, o ideal é esperar as “coisas se esclarecerem”, em entrevista para a CNBC TV, nesta sexta-feira, 21. Segundo o dirigente, o cenário pede para que o máximo de dados possível seja obtido.

“Além das tarifas, temos que pensar em cortes de impostos e outras questões. As condições atuais podem ser choque para economia, dependendo do tempo que durarem”, disse o membro do Fed, ao enfatizar que ainda acredita que a economia dos Estados Unidos “tem força” e é resiliente.

Para Goolsbee, o desemprego e inflação norte-americanos refletem o progresso para duplo mandato do Fed, que é de pleno emprego e inflação na meta de 2%, mas que se as expectativas de inflação a longo prazo começar a aumentar, será preciso agir.

“Nosso comprometimento de meta de inflação a 2% continua sólido. A depender da inflação, as taxas de juros estarão mais baixas em 12 ou 18 meses”, acrescentou o dirigente.

Na avaliação de Goolsbee, a atual política tarifária aumenta os preços e reduz a produção, o que é impulso estagflacionário, o que considera “desconfortável”. “A resposta para ambiente estagflacionário depende de vários fatores”, pontuou.