SÃO PAULO (Reuters) – O litro do diesel foi vendido a 5,214 reais por litro, em média, nos postos do país em outubro, alta de 5,76% ante setembro, com o mercado refletindo altas nos preços de petróleo no combustível comercializado pela Petrobras, de acordo com levantamento da Ticket Log (IPTL).

Foi a sexta alta mensal consecutiva, segundo pesquisa da marca de gestão de frotas da Edenred Brasil.

Quando o valor é comparado à média de outubro do ano passado, o aumento chega a 42% nas bombas, situação que tem provocado protestos dos caminhoneiros, que planejam paralisação na próxima segunda-feira.

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“Como já sinalizava na primeira quinzena de outubro, o preço do diesel se confirmou com um novo avanço nos valores, cenário que deve se repetir no próximo período…”, disse Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil, citando o último reajuste da Petrobras, de mais de 9% nas refinarias, no início da semana.

“Os postos devem refletir esse aumento nas bombas nos próximos dias”, acrescentou.

Desde o início do ano as bombas de todo o país registraram aumentos consecutivos para o combustível, com exceção de abril.

O índice de preços de combustíveis é levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log.

GASOLINA

O preço do litro da gasolina nos postos do país, por sua vez, subiu 3,98% em outubro na comparação com setembro, chegando a um valor médio de 6,56 reais por litro, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.

Após um ano e cinco meses de altas consecutivas, o valor do combustível acumula um aumento de 63,6% desde maio do ano passado, dois meses após o começo da pandemia, quando o preço médio era de 4,01 reais por litro.

O levantamento foi obtido por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 28 de outubro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados.