A diferença de 3,55 milhões de votos a mais obtidos por Dilma Rousseff, que garantiram sua reeleição por mais quatro anos, tem origem bem definida. Dilma pode creditar sua vitória à região Nordeste, em especial a três estados. Pela ordem, Bahia, Ceará e, com um pouco de distância, Maranhão, fizeram pender a balança a favor da candidata do governo.

Em termos absolutos, a Bahia foi o Estado onde Dilma obteve a maior vantagem sobre Aécio Neves, 2,9 milhões de votos a mais. No entanto, a terra de Jacques Wagner não foi o estado mais “dilmista” no segundo turno. Esse título pertence ao Maranhão, onde 78,76% dos eleitores votaram na candidata do PT, seguido de perto pelo vizinho Piauí, onde o percentual foi de 78,30%.

O estado mais oposicionista em termos relativos foi Santa Catarina, onde 64,59% dos eleitores votaram em Aécio Neves. No entanto, o peso eleitoral pequeno não afetou o resultado final, e o candidato do PSDB obteve 1,11 milhão de votos a mais do que Dilma.

Em termos absolutos, a grande derrota de Dilma foi em São Paulo, onde Aécio recebeu 6,8 milhões de votos a mais. Em termos relativos, São Paulo foi o segundo estado mais oposicionista, pois 64,31% dos votos válidos foram para Aécio.

O estado com maior número de abstenções foi o Maranhão, onde 27,36% dos eleitores não compareceram às urnas. O mais assíduo foi o Amapá, onde apenas 14,56% deixaram de cumprir seu dever cívico.

Em termos de validade, o menor número de brancos e nulos foi registrado no Acre, onde menos de 3% dos eleitores anularam seu voto ou votaram em branco. O maior índice de votos inválidos foi no Rio de Janeiro, onde 13,3% dos eleitores que compareceram às urnas não escolheram nem Dilma nem Aécio.