05/04/2023 - 23:30
Há 60 milhões de anos, um asteroide colidiu na planeta Terra, onde hoje é a Península de Yucatán, no litoral Mexicano. Esse impacto levantou uma quantidade enorme de detritos para a atmosfera, gerando um longo período de frio e escuridão no planeta. Assim, animais grandes, como os dinossauros desapareceram da face da Terra.
Obviamente que isso é uma enorme simplificação. Os dinossauros não sumiram da noite para o dia, como a história do impacto nos faz pensar. Foi um processo bastante lento, que durou algumas gerações, ocasionado pelos efeitos do impacto.
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Além disso, não foi apenas o impacto do asteroide que causou a extinção em massa que levou embora os dinossauros e outras inúmeras espécies. Alguns estudos sugerem, por exemplo, que uma alta na atividade vulcânica possa ter iniciado o processo de extinção em massa, e que o asteroide foi apenas o estopim.
Mesmo assim, no entanto, há uma relação muito forte entre a queda do asteroide e essa extinção em massa. Mesmo que o asteroide não tenha sido a única causa do sumiço dos dinossauros, ele claramente foi um dos principais. Essa extinção em massa matou 75% das espécies animais da Terra.
E bom — se o asteroide estivesse atingido a Terra 30 segundos após o momento que atingiu, o mundo poderia ter tomado um rumo completamente diferente: os seres humanos não existiriam e os dinossauros poderiam estar ainda vagando e dominando o planeta.
Se esse atraso estivesse ocorrido, o asteroide não teria se chocado com o continente, como ocorreu. O asteroide se chocaria no meio do Oceano Pacífico ou do Oceano Atlântico. Bom, isso ocasionaria enormes tsunamis pelo mundo, e causaria sim algum estrago; muitos animais morreriam e muitas áreas seriam alagadas. No entanto, seria um estrago muito menor do que o choque com o continente. Apesar de causar algumas mortes, possivelmente não ocasionaria uma extinção em massa.
Isso viralizou em 2017 graças à BBC. Estudos de 2016 dos geofísicos Jo Morgan, do Imperial College de Londres, e Sean Gulick, da Universidade do Texas sobre a cratera trouxeram algumas informações importantes. A equipe apresentou alguns de seus resultados em março de 2017, na Conferência de Ciência Lunar e Planetária. Mas a maior viralização do fato que que um atraso na queda do asteroide poderia não ter ocasionado a extinção em massa ocorreu quando a BBC fez o documentário ‘The Day the Dinosaurs Died”.
E bom, os pequenos mamíferos foram bem após a extinção dos dinossauros já que predação ficou menor.
“Apenas meio milhão de anos após a extinção dos dinossauros, as paisagens se encheram de mamíferos de todas as formas e tamanhos. As chances são de que, se não fosse por esse asteroide, não estaríamos aqui hoje”, disse Alice Roberts, apresentadora da BBC, ao jornal The Times em 2017.
“Eu suspeito que alguns deles ainda estariam por perto. Não sabemos muito sobre os últimos 10 milhões de anos de seu reinado e o que sabemos é baseado em apenas uma área no mundo, o oeste da América do Norte. Há um registro muito bom daqueles últimos dinossauros não-pássaros clássicos, como o tiranossauro e o tricerátopo”, disse o pesquisador Paul Barrett em uma publicação no site do Museu de História Nacional de Londres.
“A partir dessa parte do mundo, parece que os dinossauros estão prosperando em termos de números, mas o número de diferentes tipos de dinossauros é reduzido. Não sabemos se esse padrão se manteve em outro lugar – ainda é um grande mistério”, diz o pesquisador.
Então, os dinossauros poderiam ter continuado a reinar sobre o planeta Terra, embora em um número muito menor. Mas por menor que fosse, possivelmente não sobreviveríamos.