O grupo americano de ensino Laureate e a FMU, tradicional universidade de São Paulo, anunciaram na sexta-feira 23 uma das maiores transações da história do setor educacional brasileiro. Os americanos vão pagar cerca de R$ 1 bilhão para adquirir 100% da instituição. Em valor, a transação só perde para a compra da Unopar pela Kroton, em 2011, que movimentou R$ 1,3 bilhão. Considerando o valor pago por aluno matriculado, que foi de R$ 14,7 mil por estudante, no entanto, a aquisição da FMU é a maior já registrada. 

 

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O fundador: Edevaldo Alves da Silva passou adiante 100% das ações,

mas continua na presidência do conselho de administração 

 

Com 68 mil estudantes e faturamento estimado em R$ 450 milhões, a FMU era um dos mais cobiçados grupos de ensino superior privado brasileiro. A instituição conta com três faculdades, a FMU, a Fisp e a Fiam-Faam, e 40 campi na cidade de São Paulo. O mais conhecido fica no bairro da Liberdade, no centro da capital paulista. O grupo foi fundado em 1968, pelo professor Edevaldo Alves da Silva, 83 anos, secretário de Administração da Prefeitura de São Paulo, nos governos Paulo Maluf e Celso Pitta. Alves da Silva, embora tenha vendido 100% de sua participação, continuará como presidente do conselho. 

 

Sua mulher, a professora Labibi Alves da Silva, também seguirá no cargo de reitora da FMU. Essa foi a 12ª aquisição da Laureate no Brasil, desde 2005, quando adquiriu 51% da Anhembi Morumbi. No ano passado, a empresa, que tem entre seus acionistas o megafundo de investimentos KKR, assumiu o restante do capital da instituição, que ainda estava nas mãos do seu fundador, o professor Gabriel Rodrigues. A Laureate controla, ainda, no Brasil a Business School, de São Paulo, e a Universidade de Salvador, entre outras instituições. O grupo americano atua em 29 países e possui mais de 750 mil alunos. 

 

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