28/09/2014 - 18:23
A direita conservadora, na oposição na França, reivindicou a reconquista do Senado, do qual perdeu o controle em 2011, durante a renovação parcial da assembleia neste domingo, o que constitui uma nova derrota para o governo socialista.
Além disso, pela primeira, a Frente Nacional (extrema-direita) entrará na Câmara Alta do Parlamento com dois eleitos no sudeste da França – o jovem prefeito de Fréjus, David Rachline (de 26 anos) e Stéphane Ravier, líder da extrema-direita em Marselha -, um feito considerado como uma “vitória histórica” pela presidente do partido, Marine Le Pen.
Marine, que aparece na dianteira das pesquisas de intenção de voto, segundo consultas recentes, viu nestes resultados uma “dinâmica que se acelera de eleição em eleição”.
“Resta apenas uma porta para abrir, a do (Palácio do) Eliseu”, completou Ravier, em alusão à sede da Presidência francesa.
O UMP, principal partido de direita do qual faz parte o ex-presidente Nicolas Sarkozy, e seus aliados centristas do UDI conquistaram de 10 a 20 assentos, segundo vários líderes do UMP, com base em resultados parciais divulgados após o segundo turno neste domingo.
A união UMP-UDI só precisava de sete cadeiras da esquerda para recuperar a maioria absoluta de 175 assentos de 348.
Segundo resultados parciais, a União por um Movimento Popular (UMP), o principal partido de oposição ao qual pertence o ex-presidente Nicolas Sarkozy, que voltou recentemente à cena política, contava às 15h00 de Brasília (18H00 GMT) com 180 cadeiras com seus aliados do UDI.
A vitória esmagadora da direita nas eleições municipais de março se apresentou como uma garantia da recuperação do controle do Senado, cujos membros são eleitos por sufrágio universal direto por um colégio eleitoral que representa 95% dos municípios.
A eleição deste domingo é o terceiro revés eleitoral consecutivo para os socialistas no poder, após as municipais em março e europeias de maio.
Na prática, essa mudança não deverá ter maiores consequências, a Assembleia Nacional continua a ser superior ao Senado, em caso de desacordo sobre a legislação.
Mas é um mau sinal para o presidente François Hollande, quando Nicolas Sarkozy, seu antecessor, faz seu retorno à política com vista a próxima eleição presidencial em 2017.