O diretor para emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, comunicou que o caso do cachorro que contraiu a varíola dos macacos (monkeypox) não é incomum.

Apesar de ter sido o primeiro caso, Ryan afirmou que animais que contraem doenças infecciosas não é incomum, mas que é preciso tomar precauções para que ela não se espalhe em pequenos mamíferos. 

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“Nesses casos de transmissão a um cachorro em um contexto familiar fechado, um animal infectado não é algo fora do comum. Vemos que a doença quando passa de uma espécie para outra e permanece nessa espécie é uma coisa. O que nós não queremos ver acontecer é a doença se movendo de uma espécie para outra e continuar passando para novas espécies. É assim que o vírus se adapta e evolui, e essa é provavelmente a situação mais perigosa”, explicou.

O caso foi trazido a público no dia 10 de agosto, por pesquisadores franceses e publicado pela revista The Lancet. O animal infectado dormia junto com os donos, que estavam com a doença. 

Animais isolados

O Centro de Controle de Doenças norte-americano (CDC) orienta que os animais domésticos fiquem isolados e não tenham contatos com os donos que tenham sido infectados com a monkeypox. 

“Se a pessoa não teve contato próximo com animais de estimação após o início dos sintomas, peça a amigos ou familiares que moram em uma casa separada para cuidar do animal até que a pessoa se recupere completamente. O contato próximo inclui acariciar, acariciar, abraçar, beijar, lamber, compartilhar áreas de dormir e compartilhar comida”, diz o centro.