16/02/2022 - 16:25
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da Filadélfia, Patrick Harker, disse nesta quarta-feira que prefere uma alta do juro de 25 pontos-base em março, seguida de movimentos metódicos que não perturbem a performance forte da economia dos Estados Unidos. “Sou muito favorável ao início de um processo de aumento da taxa dos Fed funds, que é nossa principal ferramenta de política monetária, e apoiaria já em março um aumento de 25 pontos-base”, disse Harker, em entrevista à rádio americana WHYY.
Muitos economistas em Wall Street têm falado sobre a possibilidade de um aumento maior da taxa de meio ponto porcentual após a forte inflação anual de 7,5% alcançada em janeiro, a taxa mais alta em 40 anos. Os investidores acham que um movimento de 50 pontos-base é um pouco mais provável do que um movimento de um quarto de ponto, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
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Harker falou sobre afastar a política do Fed de sua postura relaxada de maneira metódica e sem surpresas. “Precisamos seguir uma linha tênue no Fed. Precisamos fazer o necessário para conter a inflação, mas não exagerar e possivelmente enfraquecer uma economia que, de certa forma, está indo muito bem”, disse.
“Acho que está muito claro o caminho em termos de política monetária. Vamos aumentar as taxas de juros. Vamos reduzir o tamanho do nosso balanço de ativos. Mas queremos fazer isso de maneira muito metódica”, completou o dirigente.
Harker disse que levará “alguns anos” para que a inflação volte à meta de 2% do banco central. “Gostaríamos de voltar e possivelmente ficar um pouco abaixo disso por um tempo apenas para tentar obter uma média de 2% durante um período de tempo”, mas vai demorar “algum tempo” para que isso ocorra, segundo ele, que prevê uma inflação média de 3,5% em 2022.
Ele será um membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano até que a economista da Universidade de Michigan Susan Collins, a nova presidente do Fed de Boston, se junte ao comitê do banco central em julho.