24/03/2016 - 9:58
A operadora de telefonia Oi encerrou dezembro de 2015 com dívida líquida de R$ 38,115 bilhões, aumento de 24,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior e de 2,45% ante o número de setembro de 2015. Os dados foram divulgados há pouco pela companhia.
Já a dívida bruta consolidada foi de R$ 54,981 bilhões, aumento de 65,1% em relação a dezembro de 2014 e de 2,5% na comparação com o trimestre anterior. Segundo a tele, a variação na dívida bruta consolidada na comparação anual se deve, principalmente, às dívidas da Portugal Telecom International Finance (PTIF) que contribuíram com R$ 19,182 bilhões no período.
No quarto trimestre de 2014 os ativos e passivos da PTIF eram classificados no balanço como “mantidos para a venda”, não integrando o endividamento consolidado da companhia.
Na comparação trimestral, o aumento ocorreu principalmente devido ao desembolso de US$ 632,5 milhões junto ao China Development Bank (CDB), sendo US$ 600 milhões com vencimento em 2020 e US$ 32,5 milhões com vencimento em 2025, como parte da linha total de crédito de US$ 1,2 bilhão negociada com o CDB ao fim de 2015.
A operação foi contratada pela operadora para o refinanciamento das dívidas e o financiamento de investimentos pela Oi a custos mais atraentes, com a redução dos custos e o alongamento do prazo médio da dívida.
O prazo médio consolidado da dívida ficou em 3,5 anos ao fim de 2015, influenciado por vencimentos de curto prazo da Oi S.A. e da PTIF. A empresa também informou que no final do trimestre, 85,4% do total da dívida consolidada estava atrelada à moeda estrangeira e mitigada das flutuações cambiais através de swaps, NDFs e caixa mantido em moeda estrangeira (hedge natural).
PDD
As provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 187 milhões no quarto trimestre, um aumento anual de 67,2% e de 3,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
“O aumento do nível de PDD está relacionado à piora do quadro macroeconômico brasileiro que elevou a taxa de inadimplência dos consumidores na maioria dos setores da economia. As provisões para devedores duvidosos corresponderam a 2,6% da receita líquida das operações brasileiras em 2015 (aumento de 0,3 ponto porcentual versus o ano de 2014)”, diz a empresa no documento.
Investimento
O investimento (capex) consolidado da companhia atingiu R$ 1,086 bilhão entre outubro e dezembro de 2015, uma redução de 2% em relação ao quarto trimestre de 2014 e um crescimento de 10,3% quando comparado ao trimestre anterior. O capex das operações no Brasil foi de R$ 1,072 bilhão no trimestre, 1,6% acima do registrado no quarto trimestre de 2014 e 12,8% em relação ao terceiro trimestre de 2015.
“Ao longo de 2015, a companhia deu prosseguimento à estratégia de modernização da rede core, com foco em infraestrutura de transmissão e transporte e na melhoria da qualidade de experiência dos seus clientes, através de iniciativas de otimização e eficiência na alocação de investimentos”, diz o informe de resultados.