O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira, 5, que o aumento da dívida líquida do setor público (DLSP) em fevereiro levou a relação com o Produto Interno Bruto (PIB) para o maior patamar desde dezembro de 2020.

Em fevereiro, a DLSP/PIB ficou em 60,9% e, em dezembro de 2020, estava em 61,4%.

Já a dívida bruta dos governos regionais em fevereiro, que atingiu 75,5% do PIB, chegou ao maior resultado desde junho de 2022, quando estava em 75,6%.

Dados divulgados pelo Banco Central mostraram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 8,301 trilhões no segundo mês de 2024. O número de 75,5% do PIB ficou acima dos 75,1% em janeiro e dos 74,4% em dezembro de 2023.

O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.