04/02/2025 - 15:43
A dívida pública federal subiu 1,55% em dezembro ante novembro, fechando 2024 em 7,316 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, prevendo que ao final de 2025 o estoque poderá subir a até 8,500 trilhões de reais.
No acumulado no ano, a dívida cresceu 12,2%. Em dezembro de 2023, estava em 6,520 trilhões de reais.
Com o resultado do ano passado, o estoque ficou dentro do intervalo de 7,0 trilhões a 7,4 trilhões de reais estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2024.
Em dezembro sobre novembro, a dívida interna subiu 1,51%, somando 6,967 trilhões de reais. Já a dívida externa cresceu 2,48% e totalizou 349 bilhões de reais.
Custo da dívida
Em relação ao custo médio do estoque da dívida, o nível subiu para 11,80% ao ano, ante 10,51% no encerramento do ano anterior. O custo médio das emissões da dívida interna, por sua vez, recuou para 11,04%, ante 11,62% em dezembro de 2023.
O prazo médio da dívida subiu de 3,95 anos em 2023 para 4,05 anos no fim de 2024. O dado ficou dentro do intervalo de 3,8 anos a 4,2 anos definido no PAF.
No fechamento do ano passado, o volume de títulos a vencer em 12 meses cumpriu o que havia sido estabelecido como meta pelo Tesouro no PAF. O patamar ficou em 17,87%, dentro da meta de 17% a 21%.
Em setembro do ano passado, diante de uma aceleração da participação de títulos atrelados à Selic na dívida pública, o Tesouro revisou o PAF de 2024 e alterou a composição prevista para o ano. A pasta aumentou a fatia de títulos vinculados à Selic e reduziu as previsões para papéis ligados à inflação e prefixados.
Perfil da dívida
No fechamento do ano, a participação dos papéis prefixados caiu a 21,99% do total, frente a 26,53% em dezembro de 2023. O patamar ficou dentro da meta atualizada de 22% a 26% para o ano. Os títulos atrelados à Selic, por sua vez, passaram de 39,66% no final de 2023 para 46,29%, dentro da meta de 43% a 47%.
Os papeis indexados à inflação fecharam 2024 em 26,96% da dívida, abaixo do patamar de 29,76% registrado um ano antes, sendo que a referência para o ano era de 25% a 29%. Já os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 4,76% da dívida total, ante 4,05% em dezembro de 2023, também dentro da faixa de 3% a 7% fixada como meta.
A participação de não residentes na dívida pública interna subiu de 9,48% para 10,20% no fim de 2024.
Plano de financiamento
Para 2025, a meta do Tesouro é que a dívida pública federal feche o ano no intervalo de 8,100 trilhões de reais a 8,500 trilhões de reais, bem acima dos 7,316 trilhões de reais do encerramento do ano passado.
A meta é que a parcela da dívida vencendo em 12 meses fique no intervalo de 16% a 20% em 2025, depois de ter fechado o ano passado em 17,9%. Já a meta para o prazo médio da dívida passará para a faixa entre 3,8 anos e 4,2 anos, depois de a proporção fechar 2024 em 4,0 anos.
A participação dos papéis prefixados, que fechou o ano passado em 22%, deverá ficar no intervalo entre 19% e 23%. Os papeis vinculados a índices de preços ficarão entre 24% e 28% de participação (27% em 2024), enquanto os títulos vinculados a câmbio ficarão entre 3% e 7% (4,8% em 2024).
Já os papéis atrelados à Selic subirão para patamar entre 48% e 52% neste ano, após encerrar 2024 em 46,3%.