O número de divórcios de pessoas com mais de 50 anos, chamado “divórcio grisalho”, quase dobrou nos últimos 10 anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O aumento da expectativa de vida e a redução do estigma da mulher separada são algumas das razões para casais se separarem após décadas de união.

Estudo publicado no Journal of Gerontology mostra que mais de uma a cada quatro pessoas com mais de 50 anos se divorciam nos Estados Unidos. A maioria dos divórcios acontecem após 20 anos de casamento.

Apesar de outros estudos apontarem que pessoas casadas têm melhor saúde física e mental e vivem mais do que os solteiros, Susan L. Brown, professora de sociologia da Bowling Green State University, em Bowling Green, Ohio, e autora do livro Famílias na América, contesta essas teses. Segundo ela, nem todos os casamentos são bons para a saúde em um nível individual.

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“Sabemos que manter um casamento de baixa qualidade pode ser muito prejudicial para a saúde e o bem-estar individual. Quando você olha um pouco mais a fundo, o casamento protege a saúde individual e a longevidade quando os casais têm casamentos satisfatórios e recompensadores, mas em casamentos de baixa qualidade e cheios de conflitos, os resultados são significativamente piores, em média”, diz Brown ao portal Everyday Health.

Segundo a professora, o significado do casamento mudou e as mulheres estão mais independentes e com liberdade para sair de uma união infeliz, diferente da realidade de mulheres das gerações anteriores.

“As pessoas também estão vivendo mais. Se você sobrevive até os 65 anos, pode viver mais 20 anos, o que é muito tempo para passar com alguém com quem você não é mais feliz. Você pode querer terminar”, afirma Brown.