15/09/2025 - 9:41
O dólar à vista iniciou esta segunda-feira (15) em ligeira queda de 0,06%, cotado a R$ 5,3491, mas logo intensificou a queda acompanhando o movimento global, dentro do patamar de R$ 5,33. A expectativa do primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) deste ano na quarta-feira, 17, impacta o mercado internacional.
A agenda externa dos próximos dias está carregada. Além do Fed, os bancos centrais do Japão, China, África do Sul e Canadá decidem sobre juros. No radar também estão as negociações comerciais entre EUA e China após nova rodada em Madri, enquanto o presidente americano Donald Trump mantém pressão sobre o Fed e voltou a pedir a demissão da diretora Lisa Cook.
No Brasil, o foco está na repercussão do boletim Focus, com o mercado esperando um pouco mais de alívio da inflação em 2025, e na divulgação do IBC-Br de julho, que caiu 0,53% em julho, na comparação com junho e na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para uma queda de 0,30%. As estimativas do mercado iam de baixa de 0,80% a alta de 0,90%.
O Banco Central monitora ainda possíveis impactos de novas sanções dos EUA após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apesar da leitura predominante ser de que medidas mais duras tendem a se restringir ao campo político.
O dólar à vista encerrou a sessão de sexta-feira, 12, em queda de 0,71%, a R$ 5,3541, o menor valor de fechamento desde 7 de junho de 2024 (R$ 5,3247). Desta forma, a divisa encerrou a semana passada com perda de 1,08%, o que leva a desvalorização em setembro a 1,25%. No ano, recuou 13,37% em relação ao real, que tem o melhor desempenho entre divisas latino-americanas. No mercado futuro, o dólar para outubro fechou a sexta-feira em baixa de 0,82%, a R$ 5,3705.