O dólar tentou sustentar a alta registrada na abertura dos negócios desta sexta-feira, 17, sob influência da elevação da curva de Treasuries, mas acabou virando para baixo com ingresso de fluxo comercial. Há pouco, o dólar à vista acelerou a queda ante o real. O peso mexicano e o peso chileno também passaram a subir ante o dólar.

O alívio pode estar refletindo a valorização de mais de 2% do minério de ferro em meio a notícias de novos estímulos ao setor imobiliário na China. Vendas no varejo chinês abaixo do esperado em abril servem de contraponto, mas a produção industrial no país surpreendeu positivamente.

No exterior, além dos Treasuries, a moeda americana sobe frente a pares principais e algumas divisas emergentes, após sinais de dirigentes do Federal Reserve de que não há pressa para cortar juros por causa da inflação ainda rígida nos EUA, embora em desaceleração.

Investidores locais avaliam ainda entrevista exclusiva pós Copom do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), publicada há pouco. Ele reafirmou o compromisso com a meta de inflação mais uma vez, defendeu o direito do Banco Central de alterar o guidance sem avisar ao governo e de enviar mensagens ao mercado entre as reuniões do Comitê de Política Monetária, o Copom. Também disse que a última reunião do grupo, em que houve dissidência em relação à decisão de corte de 0,25 ponto porcentual na Selic, foi técnica.

Campos Neto também está hoje em conferência anual do Banco Central com a participação de ex-presidentes do BC, no período da manhã.

O IBGE informou mais cedo que o desemprego teve alta significativa em 8 de 27 unidades da federação no primeiro trimestre deste ano, por influência sazonal.

Às 9h54, o dólar à vista caía 0,14%, a R$ 5,1232, ante mínima a R$ 5,1187 (-0,22%). Na máxima, subiu a R$ 5,1387 (+0,17%) nos primeiros negócios.