16/10/2025 - 17:25
O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, 16, cotado abaixo de R$ 5,50, enquanto o Ibovespa também teve baixa na sessão de hoje, pressionando por BTG.
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A queda do dólar ante as demais divisas no exterior, sob efeito da guerra comercial entre EUA e China e da perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve, determinou a baixa da moeda norte-americana também no Brasil.
O dólar à vista fechou com baixa de 0,35%, aos R$ 5,4433. No ano, a divisa acumula queda de 11,91%.
Às 17h02, na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,17%, aos R$ 5,4635. Veja cotações.
O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta quinta-feira, com Vale e Petrobras entre as maiores pressões negativas, assim como BTG Pactual, enquanto WEG foi um dos contrapesos após comprar o controle de empresa de recarga de carros elétricos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,28%, a 142.200,02 pontos,, após marcar 141.445,76 na mínima e 143.190,59 na máxima. O volume financeiro somava R$ 18,1 bilhões antes dos ajustes finais.
A bolsa paulista manteve a dinâmica de correção que tem marcado outubro, após o Ibovespa acumular até o final de setembro uma valorização de cerca de 22% em 2025.
O dólar no dia
A moeda norte-americana oscilou em baixa ante o real durante todo o dia, guiada pelo exterior, onde o dólar caía ante divisas fortes como o euro e a libra, além de ceder ante moedas pares do real como o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chileno.
Por trás do movimento estavam o desconforto persistente com o embate comercial entre EUA e China, ainda sem solução, e a perspectiva de que o Fed seguirá cortando juros em suas próximas reuniões.
No Brasil, o dólar atingiu a menor cotação do pregão, de R$5,4215 (-0,75%), às 11h39, para depois atingir a máxima de R$5,4598 (-0,04%) às 13h46 — voltando a exibir perdas um pouco maiores no restante da tarde.
Pela manhã, o destaque no Brasil foi a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que subiu 0,4% em agosto ante julho, na série dessazonalizada. A alta veio após três meses seguidos de queda, mas ficou abaixo do 0,6% projetado por economistas ouvidos pela Reuters.
O resultado abaixo do esperado, na visão de alguns analistas, sugere continuidade da desaceleração da economia — algo que está de acordo com o cenário base do próprio BC.
Ainda assim, o discurso de autoridades da autarquia sobre a taxa básica Selic, hoje em 15% ao ano, seguiu cauteloso. Em evento do UBS BB nesta quinta-feira, em Washington, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, afirmou que os dirigentes da instituição compreendem que a política monetária atual está mais restritiva do que em ciclos anteriores, e desejam que ela permaneça assim.
No mercado de câmbio, a avaliação é de que a perspectiva de mais cortes de juros nos EUA, com manutenção da Selic em 15%, segue favorecendo o fluxo de dólares para o Brasil.
No fim da manhã, o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial em operação para rolagem do vencimento de 3 de novembro.
Às 17h07, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,33%, a 98,342.