11/09/2025 - 11:25
Após oscilar em alta na abertura, o dólar perdeu força ante o real e virou, passando a registrar um recuo na manhã de quinta-feira, 11, cotado abaixo dos R$5,40, na esteira da divulgação de novos dados de inflação e emprego nos Estados Unidos.
+IBGE: comércio brasileiro amarga 4º mês seguido de queda nas vendas
Às 11h10, o dólar à vista cedia 0,44%, a R$5,38 na venda.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, depois de aumentar 0,2% em julho. Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, depois de ter subido 2,7% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses.
Já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 263 mil na semana passada, acima da expectativa de 235 mil em pesquisa da Reuters.
Após a divulgação dos números, ambos às 9h30, o dólar perdeu força ante as demais divisas, tendo chegado a oscilar em leve baixa ante o real.
No mercado de títulos norte-americanos, o rendimento dos Treasuries de dois anos – que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo – caía 2 pontos-base após a divulgação dos números, que não alteraram neste primeiro momento a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
O índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,16%, a 97,628.
Também na abertura desta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa de referência em 2% ao ano, pela segunda reunião consecutiva, como esperado pelo mercado.
No Brasil, com efeitos reduzidos sobre o câmbio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo caíram 0,3% em julho ante junho, em linha com o esperado.
Investidores seguirão atentos ainda, durante a tarde, à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O placar atual é de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro, faltando ainda dois ministros do STF para votar: Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A maioria pela condenação estará formada se pelo menos um dos dois votar contra o ex-presidente.
No mercado, o receio principal é de que a condenação gere novas medidas de retaliação dos Estados Unidos contra o Brasil.
Na quarta-feira, 10, o dólar à vista fechou em baixa de 0,53%, aos R$5,4071.
O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.
Às 11h, o rendimento do Treasury de dois anos–que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo– tinha queda de 3 pontos-base, a 3,506%. O retorno do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 2 pontos-base, a 4,015%.
Às 10h46 a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 13,965%, ante o ajuste de 14,002% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2030 marcava 13,27%, ante o ajuste de 13,314%.
Ibovespa sobe
O Ibovespa tinha uma alta modesta nos primeiros negócios desta quinta-feira, endossada pelo alívio nas taxas dos contratos de DI, enquanto o declínio de commodities como o minério de ferro e do petróleo no exterior enfraqueciam as blue chips Vale e Petrobras.
Investidores também repercutiam o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que subiu 0,4% no mês passado, depois de aumentar 0,2% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3%. Em 12 meses, a taxa ficou em 2,9%, dentro das expectativas.
Às 11h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,67%, a 143.301,11 pontos. O contrato futuro do índice com vencimento mais curto, em 15 de outubro, tinha variação positiva de 0,06%.