O dólar caiu ante rivais nesta sexta-feira, 17, em meio ao otimismo nos mercados internacionais com o processo de reabertura da economia dos Estados Unidos e com um possível remédio para Covid-19, embora tenha reduzido as perdas após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciar uma diminuição no volume de compras de Treasuries.

Testes de medicamento contra coronavírus impulsionam bolsas no mundo

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 107,60 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0873 e a libra subia a US$ 1,2494. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana frente a uma cesta de seis rivais fortes, caiu 0,24%, a 99,782 pontos, mas registrou ganho semanal de 0,26%.

“Um apetite por risco mais forte freou o rali do dólar”, afirma o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. O especialista destaca, no entanto, o ganho semanal da moeda americana, que ele atribui aos indicarores econômicos que “mostram um impacto devastador no crescimento global”.

Hoje, o otimismo prevaleceu no exterior, após o presidente Donald Trump apresentar as diretrizes para uma abertura em três fases da economia dos EUA e com relatos de que um remédio testado para Covid-19 alcançou resultados promissores, embora a própria farmacêutica que desenvolveu o medicamento tenha alertado para conclusões precipitadas.

O dólar, no entanto, reduziu as perdas à tarde com o anúncio do Federal Reserve de que diminuirá o volume semanal de compra de Treasuries de US$ 30 bilhões para US$ 15 bilhões.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, a moeda americana caía a 23,7874 pesos mexicanos e a 18,8234 rands sul-africanos, mas subia a 65,8426 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.

No caso da moeda da Argentina, a fraqueza vem na esteira da proposta do governo de Alberto Fernández para o que o país fique três anos sem pagar a dívida. Além disso, a Fitch rebaixou hoje o rating da Argentina de CC para C e afirmou que pode haver calote iminente.