Os contratos futuros de cobre operam em baixa nesta segunda-feira, influenciados pela valorização do dólar e por dados econômicos ruins em importantes mercados consumidores. O movimento levou a commodity a atingir hoje a sua menor cotação em 4,5 anos na London Metal Exchange (LME).

O preço do contrato de três meses negociado na LME chegou a US$ 6.156,50 por tonelada durante a manhã, o menor valor desde junho de 2010. Por volta das 10h45 (de Brasília), o cobre era negociado em baixa de 1,2%, a US$ 6.185,00 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para março operava em baixa de 2,13%, a US$ 2,7575 por libra-peso, por volta de 11h10 (de Brasília).

“A desaceleração da produção industrial na China, Europa e Estados Unidos pesou sobre as perspectivas de demanda do cobre”, afirmaram analistas da ANZ Research.

Somado a isso, o fortalecimento do dólar aumenta a pressão sobre a commodity, uma vez que a moeda norte-americana é usada para negociar seus contratos. Um dólar mais forte deixa o metal mais caro para as moedas de outros países.

“O fortalecimento do dólar é um elemento chave para a queda dos preços das commodities em geral”, afirma Stephen Briggs, analista de metais básicos do BNP Paribas. Segundo ele, o cobre também é pressionado porque há um pequeno excesso de oferta no mercado, algo que também acontece com o petróleo e o minério de ferro.

“O cobre está no meio de uma janela de cinco anos em que a oferta cresce acima da demanda e isso deve continuar até 2016”, afirma.

Os demais metais negociados na LME também operam em queda. O alumínio caía 0,3%, a US$ 1.826,25 por tonelada; o zinco recuava 1,5%, a US$ 2.171,25 por tonelada; o níquel operava em baixa de 1%, a US$ 14.675,00 por tonelada; o chumbo caía 1,3%, a US$ 1.845,25 por tonelada, e o estanho avançava 0,3%, a US$ 19.710,00 por tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.