O dólar voltou a ganhar força nos últimos minutos, renovando máximas no patamar dos R$ 5,06. Mais uma vez, é o cenário internacional quem dá o tom dos negócios, em um ambiente de instabilidade gerada pelas dúvidas quanto aos próximos passos da economia norte-americana. Dados do Produto Interno Bruto (PIB) e pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos indicaram que a economia daquele país segue aquecida, o que reforça o discurso duro dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os juros dos Treasuries de 10 e 30 anos avançam.

“O dia é de volatilidade e a principal pauta é o fechamento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, com cortes aqui e dados econômicos americanos dando apoio ao aperto monetário mais longo por lá”, disse Fernando Bergallo, diretor da FB Capital.

O profissional lembra ainda que a véspera da disputa pela Ptax de setembro adiciona volatilidade aos negócios já a partir de hoje. A taxa do último dia do mês é utilizada como referência para liquidação de contratos de câmbio no mercado futuro. Além disso, afirma, a proximidade do último trimestre do ano traz a demanda sazonal por dólares, devido ao período de remessas ao exterior.

Às 10h43, o dólar à vista era negociado a R$ 5,0679, na máxima do dia, em alta de 0,40%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro subia 0,48%, para R$ 5,0675.