14/10/2025 - 9:44
O dólar abriu a terça-feira, 14, com ganhos firmes ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante as demais divisas no exterior, em um dia até o momento de apreensão dos investidores diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. No Ibovespa, o pregão opera em alta, contrariando outras bolsas no exterior e impulsionado por Embraer.
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Às 12h34, o dólar à vista subia 0,75%, aos R$ 5,508 na venda. Veja cotação.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,71%, a R$ 5,5240.
Nos mercados globais, a manhã era de busca por ativos mais seguros, como Treasuries, dólar e ouro, em detrimento de opções mais arriscadas, como ações, moedas e títulos de países emergentes.
Já o Ibovespa tinha uma alta discreta nesta terça-feira, buscando se sustentar acima dos 142 mil pontos, com Bradesco entre os principais suportes após “upgrade” do Goldman Sachs, assim como Embraer, que anunciou novo pedido de aviões.
Por volta de 11h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,37%, a 142.312,61 pontos, após ter recuado a 141.334,32 pontos na mínima mais cedo. No melhor momento, marcou 142.588,97 pontos.
O volume financeiro somava R$ 4,88 bilhões.
O Ibovespa no dia
A bolsa paulista destoava do tom negativo no mercado externo, meio a renovadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Em Nova York, o S&P 500 cedia 0,46%.
Após um alívio na véspera envolvendo o tema, Washington e Pequim começaram a cobrar taxas portuárias adicionais de empresas de transporte marítimo, reacendendo nesta terça-feira os atritos comerciais. No plano doméstico, agentes financeiros também acompanham a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Ele lamentou o fato de a medida provisória 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras, ter sido arquivada pelo Congresso na semana passada, mas afirmou que na quarta-feira o governo começará a trabalhar com esta rejeição.
DESTAQUES
– BRADESCO PN avançava 2,25%, tendo como pano de fundo relatório do Goldman Sachs elevando a recomendação das ações para neutra. SANTANDER BRASIL UNIT, que teve a recomendação rebaixada para venda caía 1,62%. Ainda no setor, ITAÚ UNIBANCO PN — que permaneceu com compra — valorizava-se 1,37% e BANCO DO BRASIL ON — que seguiu com neutra — tinha elevação de 0,86%. Também no radar estavam resultados trimestrais de bancos norte-americanos.
– BTG PACTUAL ON recuava 1,71%, após propor a incorporação das ações do Banco Pan, no qual já tem uma participação de 76,9%. A oferta envolve troca de ações — 0,2128 unit do BTG Pactual para cada ação preferencial do Pan, o que implica um preço de R$10,07 por papel, equivalente a um prêmio superior a 30% sobre o preço da segunda-feira. BANCO PAN PN, que não está no Ibovespa, saltava 26,75%.
– EMBRAER ON subia 2,22% após divulgar que companhia especializada em leasing de aeronaves regionais TrueNoord fechou um pedido firme para 20 jatos E195-E2, avaliado em US$1,8 bilhão no preço de tabela. O acordo inclui direitos de compra para até 30 aeronaves adicionais. A Moody’s também elevou a perspectiva das notas de crédito da Embraer para positiva, citando melhorias contínuas nos indicadores de crédito e liquidez da empresa, além de fortes resultados operacionais.
– PETROBRAS PN subia 0,46% e PETROBRAS ON avançava 0,99%, descoladas da fraqueza dos preços do petróleo no exterior. No radar, o Ibama decidiu pedir mais informações à companhia no âmbito do processo de licenciamento para a perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas, e sugeriu uma reunião para quinta-feira, conforme documentos vistos pela Reuters nesta terça-feira.
– VALE ON tinha variação positiva de apenas 0,17%, em meio ao declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian fechou as negociações diurnas em baixa de 2,07%.