O dólar se reaproximou dos 5,30 reais durante a sessão desta terça-feira, encerrando em alta firme, em um dia marcado pela queda de commodities importantes da pauta exportadora brasileira, pelo avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior e pelo desconforto do mercado com o cenário fiscal no Brasil.

A moeda norte-americana à vista encerrou o dia cotada a 5,2851 reais na venda, em alta de 0,96%. Este é o maior valor de fechamento em mais de um ano, desde 23 de março de 2023, quando o dólar marcou 5,2898 reais.

Às 17h47, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento <DOLc1> subia 0,66%, a 5,2995 reais na venda.

O dólar oscilou em alta durante toda a sessão. No início do dia, as cotações no Brasil acompanhavam o avanço do dólar ante outras divisas no exterior, em especial em relação às moedas de países emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e a rupia indiana.

Ibovespa fecha em queda pelo 5º dia

Mesmo com leitura do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acima do esperado para o primeiro trimestre – em alta de 0,8% na margem, ante mediana a 0,7% para o intervalo -, e a despeito de nova retração dos rendimentos dos Treasuries e de alta nos índices de ações em Nova York, o Ibovespa não evitou a quinta perda consecutiva, nesta terça-feira, 4, em baixa de 0,19%, aos 121.802,06 pontos, em dia de pressão sobre o câmbio e de avanço na curva de juros doméstica.

Assim, com os ativos do País ainda na defensiva, o índice da B3 resvalou na mínima do dia aos 120.878,36, permanecendo nos menores níveis desde meados de novembro, saindo de máxima a 122.031,66, correspondente à abertura. O giro financeiro ficou em R$ 20,6 bilhões nesta terça-feira. No agregado das duas primeiras sessões, o Ibovespa acumula perda de 0,24% na semana e no mês, colocando a do ano a 9,23%.