12/10/2020 - 18:03
O dólar oscilou durante o pregão e fechou com leve alta em relação a outras moedas fortes, em um dia de pouca liquidez no mercado devido a um feriado nos EUA. O euro, por outro lado, se desvalorizou em meio ao aumento da segunda onda de coronavírus na Europa. No Reino Unido, o anúncio de que um novo lockdown generalizado não seria aplicado fez com que a libra se valorizasse.
Os movimentos contrários fizeram com que o DXY, que mede o dólar frente a outras seis divisas de economias desenvolvidas, operasse grande parte do dia perto da estabilidade, fechando com leve alta de 0,009%, a 93,065 pontos. O iene também se valorizou frente ao dólar, e a moeda americana era cotada 105,34 ienes no fim da tarde em Nova York. O dia não contou com o mercado de Treasuries nos Estados Unidos, fechado em razão do feriado de Colombo.
“As preocupações com o coronavírus levaram o euro para fora de seu nível mais alto em quase três semanas em relação ao dólar”, avaliou a Western Union. A moeda comum era cotada a US$ 1,1814 no final da tarde. Hoje, em coletiva de imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos no continente foi mencionado como uma preocupação.
A “flutuabilidade” da libra reflete as esperanças de que as negociações do Brexit no final desta semana possam progredir em direção a um acordo comercial, aponta a Western Union, em semana que conta com passos decisivos vindos da reunião do Conselho Europeu. Hoje, o primeiro-ministro Boris Johnson foi ao Parlamento e indicou que apesar de novas restrições, um lockdown total no país estava descartado, o que levou à valorização da moeda britânica. No mesmo horário, a libra era cotada a US$ 1,3069.
Nos mercados emergentes, o rublo se desvalorizou hoje frente ao dólar. No final da tarde em Nova Yor, o dólar subia a 77,148. O Danske Bank apontou em relatório que “rendimentos russos subiram cerca de 100 pontos-base para refletir o risco implícito de novas sanções da UE ou dos EUA por conta” do envenenamento do líder opositor Alexei Navalny, o que foi anunciado nesta segunda-feira.
O banco também apontou para a “guerra por procuração” com a Turquia na Armênia/Azerbaijão. Na última semana, as esperanças de um cessar-fogo em Nagorno-Karabach dominaram a questão, mas a pausa nos conflitos foi rapidamente violada. As tensões continuam altas, e a lira, que vem acumulando grandes perdas desde o começo do confronto, as ampliou nesta segunda-feira. No final da tarde, o dólar avançava a 7,8861 liras.