O dólar não mostrou direção única em relação a outras moedas fortes nesta sexta-feira, dia 1º mas o euro continuou o movimento de valorização visto desde ontem. Com a maioria dos mercados fechados na Ásia e na Europa, devido ao feriado do Dia do Trabalho, o pregão foi de liquidez reduzida.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 106,84 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0983 e a libra recuava a US$ 1,2509. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante uma cesta de seis rivais, registrou alta de 0,06%, a 99,079 pontos, quase estável. Na comparação semanal, o índice caiu 1,30%.

A aversão a risco que marcou a sessão, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a ameaçar a China, não levou a uma corrida pela segurança do dólar. Para o analista Boris Schlossberg, do BK Asset Management, as medidas monetárias e fiscais dos EUA começam a pesar sobre a moeda americana.

O destaque do mercado cambial, na verdade, foi o euro, que deu continuidade ao movimento de alta registrado ontem. “Houve muitas tentativas de explicar o movimento inesperado no par EUR/USD, mas talvez o motivo mais simples seja a divergência nas políticas monetárias e fiscais entre a zona do euro e os EUA”, avalia Schlossberg. Na visão dele, apesar de as duas regiões manterem uma política econômica expansionista diante da pandemia de coronavírus, os estímulos nos EUA são “muito maiores”.

Para o analista de mercado Joe Manimbo, do banco americano Western Union, o rali do euro ontem ocorreu devido a um ajuste de posições dos investidores em final de mês e o movimento respingou nas negociações de hoje.

Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, a moeda americana subia a 75,355 rublos russos e a 18,8349 rands sul-africanos e a 24,6400 pesos mexicanos, mas caía a 66,6250 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.