15/07/2025 - 17:25
O dólar interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas de ganhos e fechou a terça-feira em baixa ante o real, com alguns agentes aproveitando as cotações mais elevadas para vender moeda e realizar lucros.
A queda das cotações no Brasil esteve na contramão do exterior, onde o dólar sustentou altas ante as demais divisas em meio a novos dados da inflação norte-americana e à guerra tarifária desencadeada pelos EUA.
O dólar à vista fechou com baixa de 0,48%, aos R$5,5595, depois de ter encerrado a segunda-feira no maior valor desde 5 de junho. No ano a divisa acumula baixa de 10,03%.
“O principal catalisador da queda foi a divulgação de dados da inflação ao consumidor nos EUA, que, ao virem em linha com as projeções, solidificaram as apostas de que o Federal Reserve poderá iniciar um ciclo de cortes de juros em setembro. Essa perspectiva diminuiu a atratividade do dólar globalmente e abriu espaço para a valorização de moedas de países emergentes. Neste ambiente, o real demonstrou força particular”, afirmou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Às 17h03 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,60%, aos R$5,5795.
Já o Ibovespa fechou praticamente estável nesta terça-feira, após uma sessão volátil em que chegou a registrar uma mínima em mais de um mês, se mantendo na faixa dos 135 mil pontos mesmo com a pressão de papéis de peso como os de Vale e Petrobras.
No radar dos investidores, seguiram as discussões sobre a resposta do governo brasileiro às tarifas anunciadas na semana passada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, além de dados de inflação nos Estados Unidos, que reforçaram apostas de um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,04%, a 135.354,69 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 134.380,16 pontos na mínima do dia, menor patamar desde 9 de junho. Na máxima, chegou a 136.021,52 pontos. O volume financeiro somava R$16,25 bilhões antes dos ajustes finais.
O pregão também encerrava em meio ao término da audiência de conciliação no STF entre governo e Congresso sobre o IOF, que terminou sem acordo, segundo documento visto pela Reuters.
Com informações da Reuters