17/03/2025 - 11:29
O dólar opera em queda nesta segunda-feira, 17, semana com decisão sobre juros aguardada para a quarta-feira, 19.
Por volta de 16h18, a moeda recuava 1,10%, cotada a R$ 5,68.
A sessão desta segunda-feira marcava mais um dia de apetite por risco nos mercados de câmbio ao redor do mundo, com os agentes financeiros em busca de moedas de países emergentes, como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.
O movimento era impulsionado por uma forte alta nos preços do petróleo nesta segunda — o que favorece países emergentes –, conforme crescem temores de confronto entre os EUA e houthis do Iêmen no Mar Vermelho após comentários do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth.
Hegseth disse no fim de semana que o país continuará atacando os houthis até que eles encerrem seus ataques contra embarcações, gerando preocupação de distúrbios no transporte de petróleo no Oriente Médio.
Ainda na frente geopolítica, novas notícias sobre as discussões pelo fim da guerra na Ucrânia aumentavam o apetite por risco, com os EUA e a Rússia confirmando que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin conversarão por telefone sobre o conflito na terça-feira.
Havia ainda otimismo sobre mais estímulos econômicos na China, após o governo chinês anunciar novas medidas para impulsionar o consumo interno no domingo.
“Queda generalizada do dólar hoje, tanto em relação aos pares fortes como os emergentes. Estamos em linha com o exterior… Veio notícia boa da China, que está prevendo estímulos monetários para aquecer a economia. Isso sempre ajuda”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
Na cena doméstica, os dados econômicos também favoreciam a moeda brasileira. O Banco Central anunciou mais cedo que seu IBC-Br avançou em janeiro, mostrando que a atividade econômica iniciou 2025 com mais força do que o esperado mesmo em meio a um ambiente de política monetária restritiva.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,9% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado. O dado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,22%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para sua decisão de juros, com ampla expectativa de que as autoridades aumentem a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, na quarta-feira, como já sinalizado pela autarquia anteriormente.
Mais cedo, o BC mostrou que analistas consultados em sua pesquisa Focus reduziram as medianas de suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano e no próximo, com a expectativa em relação à expansão de 2025 caindo abaixo da marca de 2%.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o PIB do país agora é de avanço de 1,99% ao fim deste ano, de alta de 2,01% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a expansão da economia foi a 1,60%, ante 1,70% há uma semana.
O Federal Reserve também divulgará sua decisão de política monetária na quarta-feira, e a projeção de operadores é de manutenção dos juros no nível atual, com o foco nas novas projeções econômicas das autoridades.
Investidores seguem de olho em novas notícias sobre os planos tarifários do presidente norte-americano, Donald Trump, cujas ameaças e promessas comerciais têm gerado enorme incerteza nos mercados globais e até temores de uma recessão nos EUA.
O Ibovespa abriu o pregão com viés positivo nesta segunda-feira, 17, flertando com os 129 mil pontos, com as ações da Petrobras entre os destaques positivos, favorecidas pela alta dos preços petróleo no exterior. Já o dólar recuava, com os investidores acompanhando os ganhos de moedas emergentes no exterior e digerindo dados fortes para a atividade econômica no Brasil.
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O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, trabalhando acima dos 130 mil pontos, com as blue chips Petrobras, Vale e Itaú respondendo pelas maiores contribuições positivas, enquanto Natura&Co era novamente destaque negativo.
Às 14h07, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,14%, a 130. 813, 36 pontos.
“O Ibovespa segue indefinido no curto prazo, mas a um passo de retomar a trajetória altista”, afirmaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista.
“Se conseguir ultrapassar…129.600 pontos, retomará a trajetória de alta e abrirá caminho para seguir em direção a 132.300 e 137.469 pontos”, afirmaram, citando que, do lado da baixa, encontra suportes em 125.300 e 122.000 pontos.
Da agenda macro, o IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, cresceu 0,9% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado, acima de expectativas no mercado (+0,2%).
“O IBC-Br corrobora a nossa expectativa de que a economia brasileira passará por um processo de ajuste gradual”, afirmaram economistas da Genial Investimentos.
No exterior, Wall Street tinha um viés positivo, com o S&P 500 subindo 0,48%, enquanto agentes continuam contrabalançando dados econômicos com a nova política comercial dos Estados Unidos.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN subia 0,73%, beneficiada pelo avanço dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON avançava 0,78%.
– VALE ON tinha acréscimo de 0,69%, apesar da queda dos futuros do minério de ferro na China. O Itaú BBA elevou o preço-alvo do ADR da mineradora de US$12 para US$13.
– ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,7%, com o sinal positivo prevalecendo entre os bancos do Ibovespa.
– MAGAZINE LUIZA ON mostrava acréscimo de 4,9%, ampliando os ganhos da última sexta-feira, quando disparou mais de 13% após a divulgação do balanço.
– NATURA&CO ON caía 3,79%, mesmo após anunciar recompra de ações, na sequência de um tombo de 30% nos papéis na sexta-feira. O JPMorgan cortou a recomendação para “neutra”.
– SLC AGRÍCOLA ON perdia 2,79%, tendo no radar anúncio de aquisição de mais de 47 mil hectares totais de terra na Bahia e em Minas Gerais por R$913 milhões.
– B3 ON cedia 1,48%, refletindo movimento de realização de lucros após três pregões de alta, em que acumulou uma alta de quase 24%.
Alta do petróleo
A sessão desta segunda-feira marcava mais um dia de apetite por risco nos mercados de câmbio ao redor do mundo, com os agentes financeiros em busca de moedas de países emergentes, como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.
O movimento era impulsionado por uma forte alta nos preços do petróleo nesta segunda — o que favorece países emergentes –, conforme crescem temores de confronto entre os EUA e houthis do Iêmen no Mar Vermelho após comentários do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth.
Hegseth disse no fim de semana que o país continuará atacando os houthis até que eles encerrem seus ataques contra embarcações, gerando preocupação de distúrbios no transporte de petróleo no Oriente Médio.
Guerra na Ucrânia
Ainda na frente geopolítica, novas notícias sobre as discussões pelo fim da guerra na Ucrânia aumentavam o apetite por risco, com os EUA e a Rússia confirmando que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin conversarão por telefone sobre o conflito na terça-feira.
Havia ainda otimismo sobre mais estímulos econômicos na China, após o governo chinês anunciar novas medidas para impulsionar o consumo interno no domingo.
“Queda generalizada do dólar hoje, tanto em relação aos pares fortes como os emergentes. Estamos em linha com o exterior… Veio notícia boa da China, que está prevendo estímulos monetários para aquecer a economia. Isso sempre ajuda”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,19%, a 103,530.
Prévia do PIB e Copom
Na cena doméstica, os dados econômicos também favoreciam a moeda brasileira. O Banco Central anunciou mais cedo que seu IBC-Br avançou em janeiro, mostrando que a atividade econômica iniciou 2025 com mais força do que o esperado mesmo em meio a um ambiente de política monetária restritiva.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,9% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado. O dado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,22%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para sua decisão de juros, com ampla expectativa de que as autoridades aumentem a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, na quarta-feira, como já sinalizado pela autarquia anteriormente.
Mais cedo, o BC mostrou que analistas consultados em sua pesquisa Focus reduziram as medianas de suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano e no próximo, com a expectativa em relação à expansão de 2025 caindo abaixo da marca de 2%.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o PIB do país agora é de avanço de 1,99% ao fim deste ano, de alta de 2,01% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a expansão da economia foi a 1,60%, ante 1,70% há uma semana.
O Federal Reserve também divulgará sua decisão de política monetária na quarta-feira, e a projeção de operadores é de manutenção dos juros no nível atual, com o foco nas novas projeções econômicas das autoridades.
Investidores seguem de olho em novas notícias sobre os planos tarifários do presidente norte-americano, Donald Trump, cujas ameaças e promessas comerciais têm gerado enorme incerteza nos mercados globais e até temores de uma recessão nos EUA.