O dólar e o Ibovespa fecharam em queda no Brasil nesta terça-feira, 18, em uma sessão esvaziada de indicadores econômicos, com investidores à espera de divulgações nos EUA no restante da semana.  Investidores também acompanharam durante o dia as notícias sobre a prisão do acionista controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude de R$ 12 bilhões, ainda que o fato não tenha feito preço no mercado de câmbio. O Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Master, suspendendo suas operações.

O dólar à vista encerrou a sessão em leve baixa de 0,26%, aos R$ 5,3186 na venda. No ano, a divisa acumula baixa de 13,92%. + Veja cotações

Às 17h04, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,19% na B3, aos R$ 5,3300.

A cautela dominou a confiança dos investidores diante de preocupações com o setor de tecnologia e expectativa de retomada da divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos, e o Ibovespa encerrou em queda, em meio a um ambiente global de aversão a risco.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,30%, a 156.522,13 pontos, após marcar 155.833,67 na mínima e 157.039,89 na máxima do dia.

O volume financeiro no pregão desta terça-feira somava R$ 20,53 bilhões antes dos ajustes finais.

O dólar no dia

A terça-feira foi mais um dia de oscilações limitadas do dólar no Brasil, com os agentes à espera de divulgações nos Estados Unidos no restante da semana. O dólar variou entre a máxima de R$5,3471 (+0,27%) às 9h26 e a mínima de R$5,3155 (-0,32%) às 16h19 — margens de negociação bastante estreitas.

No exterior, também não havia uma tendência única para os mercados de moedas: o dólar sustentava no fim da tarde ganhos ante o peso chileno, mas caía ante o peso colombiano e o peso mexicano. Às 17h05, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – mostrava estabilidade, a 99,551.

Como pano de fundo estava a expectativa antes de divulgações importantes nos EUA.

Na quarta-feira, o balanço da fabricante norte-americana de chips Nvidia poderá subsidiar as avaliações do mercado sobre os preços atuais das ações de tecnologia — um ponto de atenção dos agentes, que temem correções de baixa mais intensas após a disparada da inteligência artificial.

Também na quarta-feira, o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.

Já o governo dos EUA divulgará na quinta-feira o relatório de empregos payroll — o primeiro desde o fim da paralisação do governo norte-americano. Neste caso, os agentes estarão atentos a pistas sobre se o Federal Reserve voltará a cortar juros em dezembro.

O mercado precificava neste fim de tarde 51,1% de probabilidade de a taxa de juros nos EUA seguir na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra 48,9% de chance de corte de 25 pontos-base, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

Os cortes de juros nos EUA, somados à manutenção da taxa básica Selic em 15% ao ano, têm sido apontados pelos agentes como um fator favorável à atração de investimentos ao Brasil — algo que tem mantido o dólar em patamares mais baixos ante o real.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 45.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro.